Uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) no Programa Auxílio Brasil identificou pagamentos irregulares que somam R$ 2 bilhões com a inclusão indevida de beneficiários.
A checagem avaliou aspectos relacionados ao público-alvo, integridade e custo-efetividade na implementação do programa social. Entre os problemas está o possível pagamento indevido a 3,5 milhões de famílias em 2022.
Segundo o TCU, houve declarações falsas sobre composição familiar, com a divisão de famílias para que cada membro recebesse os R$ 600 mínimos.
Ou seja, a maior parte dos novos gastos orçamentários foi direcionada a pessoas que moram sozinhas e não ao público prioritário, que são crianças e adolescentes.
A auditoria também verificou aumento do custo no combate à pobreza, quando comparado com o antigo Bolsa Família. Isso porque para reduzir 1% de índice de pobreza, o Auxílio Brasil precisa de R$ 1,72 bilhão por mês, enquanto o Bolsa Família necessitaria de R$ 1,43 bilhão.
O TCU informa que a situação deve perdurar até que se retome as fiscalizações e revisões cadastrais no CadÚnico e o cancelamento dos benefícios concedidos irregularmente.
O volume de recursos fiscalizados pela auditoria foi de R$ 114,2 bilhões projetados até o fim de 2022. Para 2023, mantidas as condições atuais, o programa consumirá cerca de R$ 153,8 bilhões do Orçamento-Geral da União.