Através do universo virtual, artistas de diversas partes do mundo se unem para a realização de residência artística e publicam videoarte com base nesta experiência de 30 dias.

O processo de criação artística é um experimento contínuo na vida dos artistas, que demandam tempo para conhecer e se reconhecer, assim como dialogar consigo e com a realidade social e pessoal que se apresenta. Se afastar do cotidiano e das atividades que tiram o foco do universo da concepção são fundamentais para resultados sólidos e transformadores. Este método de se dedicar exclusivamente a este período de descobertas é chamado de Residência Artística.
Após quase 30 dias em residência artística virtual, o grupo de artistas formado pelos amazonenses Jean Winder, circense formado pela Escola Nacional de Circo, Taiara Guedes, musicista, violinista e sonoplasta, Felipe Fernandes, artista multimídia e produtor cultural e a baiana Maria Clara Smith, circense formada pela Escola Nacional de Circo e em dança pela Angel Vianna Escola e Faculdade de Dança, que atualmente desenvolve suas atividades na França, finalizaram esta experiência com um vídeoarte que leva o mesmo título de “Circo Caboclo”, que promoveu vivências entre artistas do Brasil, Chile, Argentina e França.
A atriz performática chilena Konnýk Villalobos, que também integra o Circo Caboclo, como criadora e intérprete, comenta sobre a experiência vivida através da residência artística, realizada de forma virtual devido a pandemia do Novo Coronavírus (Covid-19), que impôs o distanciamento físico, mas que estabeleceu outras formas de fazer arte.
“Para mim, essa residência não só gerou um impacto, mas também abriu um processo de aprendizagem sobre os novos meios de criação e comunicação. Durante um mês, compartilhamos e trocamos olhares através de linguagens com diferentes artistas, cada um de uma disciplina diferente. Graças aos meios digitais foi possível gerar um vídeo performance que junta cada olhar e cada vivência dos diferentes artistas em diferentes partes do mundo que, de maneira virtual, confluíram para continuar criando e aportando novas maneiras de fazer arte. mundo”, explica Konnýk Villalobos.
No mesmo sentido, o artista Jean Winder, idealizador do projeto, revela seus sentimentos sobre o projeto e suas impressões sobre as novas possibilidades abertas através do mundo digital.
“A performance virtual que criamos a partir do “Circo Caboclo” abriu um leque de possibilidades para potencializar a criação artística no Amazonas, dialogando com as mentes pensantes de diversos lugares e com as novas tecnologias. Espero que nossa investigação arte, corpo e tecnologia continue frutificando e potencializando a arte na nossa região”, relata Jean Winder.
O projeto “Circo Caboclo – Residência Performática”, que contou com o apoio da Prefeitura de Manaus e do Governo Federal, por meio do Prêmio Conexões Culturais 2020 – Lei Aldir Blanc, continua disponível na plataforma Vimeo.
Por: Wagner Moreira – Cultura Amazônica Assessoria