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Desemprego: Amazonas tem taxa de desocupação de trabalhadores acima da média nacional

Os dados de ocupação e desocupação em 2023 constam da pesquisa PNAD Contínua, divulgada pelo IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (16), os dados do último trimestre de 2023 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). O número consolidado do ano não trouxe boas notícias sobre o mercado de trabalho no Amazonas,

Segundo a PNAD Continua, o Estado encerrou 2023 com uma taxa de desocupação de 9,9%, um número 2,1 pontos percentuais acima do resultado nacional, que foi de 7,8%.

A taxa de desocupação representa o percentual de pessoas desocupadas em relação aos trabalhadores empregados como força de trabalho.

A taxa de 9,9% colocou o Estado na oitava posição entre as Unidades da Federação. Dentro da série histórica que iniciou em 2012, o índice alcançou níveis similares de desocupação entre os períodos de 2012 e 2014 e, a partir daí, evoluiu para patamares de desocupação de mais de 13%, só reduzindo novamente em 2023.

Ano passado, o pior resultado em desocupação foi em Pernambuco (13,4%). O melhor foi em Rondônia (3,4%).

O superintendente do IBGE no Amazonas, José Ilcleson Mendes Coelho, afirmou que, no último trimestre, houve uma pequena queda na taxa de desocupação no Amazonas, acrescentando que desde o primeiro trimestre essa taxa está caindo.

“Isso revela que há uma tendência na redução de desemprego no Amazonas. O quadro negativo é o quadro de informalidade, que segue bastante acentuado. O Estado fica entre os três com maior taxa de informalidade do País, o dobro da menor informalidade registrada no País”, segue Mendes Coelho.

O superintendente também destaca que trabalhadores por conta própria, sem CNPJ, formam o maior grupo de informais do Estado.

“Há muitos trabalhadores que atuam ajudando um membro da família, e não possuem carteira assinada e nem recolhem para a Previdência Social”, disse.

No setor privado, Mendes Coelho disse que houve queda no número de trabalhadores ocupado com carteiras assinadas. Já os empregados públicos e trabalhadores por conta própria (com CNPJ, um MEI por exemplo), tiveram um crescimento significativo no trimestre encerrado em dezembro.

População ocupada atinge pouco mais da metade

O nível de ocupação teve média de 55,1% da população economicamente ativa do Estado em 2023 (número de pessoas em idade de trabalhar).

O número representa 2,5 pontos percentuais abaixo da média nacional (57,6%), mostrando que o quantitativo de pessoas ocupadas coloca o Amazonas na décima terceira posição entre os estados brasileiros.

O Estado com o menor nível de ocupação em 2023 foi o Acre, com apenas 45,7% das pessoas que tinham idade de trabalhar, ocupadas.

Já Santa Catarina se destacou como a Unidade da Federação com maior percentual de pessoas trabalhando, dentro da idade de trabalhar.

Na outra ponta, a PNAD Contínua mostrou que a subutilização da mão de obra no Estado registrou uma taxa de 20,3%, colocando o Estado na décima sexta posição entre as Unidades da Federação. Santa Catarina, com 6,0%, foi o Estado com a menor taxa de subutilização. A maior ficou com o Piauí (40,3%).

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