Fernandinho estava há 15 anos no controle do tráfico de drogas de favelas da Ilha do Governador e nunca foi preso

Fernandinho comandava o tráfico de drogas na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio
Foto: Divulgação
Fernando Gomes de Freitas, o Fernandinho Guarabu, foi morto durante uma operação da Polícia Militar no Morro do Dendê, na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio, na manhã desta quinta-feira. Outros quatro suspeitos também morreram na ação.
Contra Fernandinho, existiam, até abril deste ano, 14 mandados de prisão expedidos pela Justiça.
A PM planejou a operação no local após receber a denúncia de que bandidos se reuniriam na comunidade. A ação, que tem à frente a Corregedoria da Polícia Militar, foi batizada de “Repugnare criminis”. Foram apreendidos um fuzil, quatro pistolas, granadas, drogas, carregadores, radiotransmissores e também cadernos com anotações do tráfico.
O traficante, que além do Dendê, comandava o tráfico outras comunidades da Ilha há cerca de 15 anos. Ele nunca foi preso. De acordo com o coronel Mauro Fliess, a ação no Dendê continua. O policiamento no entorno da comunidade está reforçado.
Fernandinho estava há 15 anos no controle do tráfico de drogas de favelas da Ilha do Governador e nunca foi preso — nenhum traficante ficou mais tempo no comando de comunidades cariocas. Até março de 2017, o Disque-Denúncia oferecia R$ 10 mil por informações sobre Guarabu.
Em 2018, quando uma investigação realizada pelas polícias Civil e Militar mostrou que o criminoso pagou propinas a pelo menos 19 PMs para não ser preso, o valor da recompensa passou de R$ 10 mil para R$ 30 mil.
Além de Fernandinho, Gil, Batoré, Piu e Logan também foram mortos

Segundo informações, além de Fernandinho, seu braço-direito Gilberto Coelho de Oliveira, o Gil, também foi morto na operação da Polícia Militar, nesta quinta-feira, no Morro do Dendê. Gil comandava o tráfico na região ao lado de Fernandinho nesses 15 anos.
Além da dupla Fernandinho e Gil teriam morrido no confronto os traficantes Batoré, Piu e Logan. Batoré era apontado por controlar o transporte irregular na região e acusado de executar o major Alan de Luna Freire. Todos estariam no mesmo carro, interceptado pelos policiais.