
De acordo com os dados da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM) disponibilizados nesta semana, o número de nascimentos no Amazonas vem apresentando quedas acentuadas nos anos de pandemia, mas em 2021 uma faixa-etária foi exceção: a de mães entre 10 e 14 anos de idade.
No ano passado, foram 1.089 partos de adolescentes, 41 a mais que em 2020. Ou seja, a cada dia, três mulheres com menos de 15 anos dão à luz a uma criança na região.
Esse registro é mais acentuado nas cidades do interior. Em 2021, foram 870 nascimentos oriundos de adolescentes até 14 anos. Um crescimento de 15% em relação ao anterior.
A capital, por sua vez, caminha em sentido contrário, mesmo concentrando quase metade da população do estado. Foram 219 partos nesta faixa-etária, 25% a menos do que em 2020.
Itacoatiara (44), Tefé (41) e Parintins (39) acumularam os maiores registros de gravidez na adolescência nos demais municípios, no último ano. Com população estimada em 59.250 habitantes, Tefé chama mais a atenção na proporção de casos.
No total, o estado concentra cerca de 6% dessa população em todo o Brasil, que em 2019 foi superior a 19 mil, de acordo com dados do Sistema Único de Saúde (SUS).
Sem contar essa faixa de idade, o Amazonas já ocupa o segundo lugar nacional no ranking do índice médio de filhos por mulher em seu período reprodutivo, entre 15 e 49 anos de idade, com média de 2.1.
Políticas públicas – A Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas vem estimulando estratégias de qualificação das ações de atenção à saúde dos adolescentes na Atenção Primária à Saúde (APS), bem como estimulando o acesso ao cuidado por meio de equipes, de forma presencial e remota.
Em alusão a Semana Nacional da Prevenção da Gravidez na Adolescência, a primeira do mês de fevereiro, a Prefeitura de Manaus discutiu estratégias para a prevenção da gravidez precoce em webconferência que teve participação de mais de 70 profissionais de saúde da rede básica.


