
O Tribunal de Justiça do Amazonas pediu, nessa terça-feira (1º), respeito ao resultado das Eleições deste ano e diálogo ao fim do período eleitoral.
O pedido veio em nota assinada pelo presidente da corte, desembargador Flávio Pascarelli.
O segundo turno das Eleições Gerais ocorreu no domingo (30). Na ocasião, o governador Wilson Lima, do União Brasil, foi reeleito para o cargo e o ex-presidente Lula, do PT, foi eleito para chefiar o país pela 3ª vez.
A manifestação da corte veio após inúmeras manifestações de bolsonaristas, que bloqueiam rodovias federais em todo o país, e que contestam a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Segundo Pascarelli, é da natureza da democracia que candidatos se sagrem vencedores do pleito em detrimento de outros, da mesma forma, é da natureza humana experimentar sentimento de insatisfação ante o não prevalecimento de suas ideias e ideais no jogo democrático.
Todavia, segundo o desembargador, tal insatisfação não pode transformar em sentimento de mágoa, revanche ou, na pior das hipóteses, em inadmissíveis atos violência.
“Terminado, com êxito, o processo eleitoral, chega a hora do diálogo, de curar as feridas e de reparar as desavenças e de seguir em frente. Somente pelo diálogo com aqueles que pensam diferente de nós, construiremos uma sociedade verdadeiramente justa e democrática, o que, não temos dúvidas, é a grande ambição do povo amazonense e brasileiro”, disse o magistrado.
Por fim, Pacarelli também parabenizou o Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AM) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela conclusão do processo eleitoral e disse que tem a certeza de que os cidadãos de nosso Estado saberão respeitar o resultado das urnas.
O desembargador também falou que o Poder Judiciário, por intermédio do TJAM, não poupará esforços para a garantia da normalidade institucional, da tranquilidade e da paz social, possibilitando, com isso, o exercício pleno da cidadania e da democracia a todos.
Pistas interditadas
Até essa terça-feira (1º), o Amazonas tinha dois pontos de interdição na BR-230, mesmo após o Supremo Tribunal Federal (STF) ordenar que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) libere trechos bloqueados por bolsonaristas.
Na rodovia federal, as interdições se concentram no Km 430, dentro do território de Manicoré, e no km 642, em Humaitá.
As manifestações começaram na segunda-feira (31), após a derrota de Jair Bolsonaro, que não conseguiu se reeleger.


