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Pico da Neblina: turismo de aventura e montanhismo no Amazonas é liberado, após 20 anos

Fechado desde 2003 à visitação por recomendação do Ministério Público Federal, o Pico da Neblina, ponto mais alto do Brasil com 2.995 metros está aberto para o turismo natural de aventura e montanhismo, no Amazonas.

As atividades turísticas foram retomadas após acerto entre a Fundação Nacional do Índio (Funai), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Associação dos Yanomami do Rio Cauburis e Afluentes (Ayrca), que detêm a autonomia de autorizar as expedições na região.

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, responsável pelo credenciamento das operadoras por meio de edital, selecionou três empresas para atuar na operação turística no Parque Nacional do Pico da Neblina – Amazon Emotions, Ambiental Turismo e Roraima Adventures.

O processo para reabertura do Pico da Neblina durou cerca de seis anos. Por ser uma área de dupla afetação (território indígena e unidade de conservação), o ICMBio construiu junto aos Yanomamis as diretrizes de turismo que deveriam ser adotadas pelos prestadores de serviço.

Foram avaliados como critérios da seleção a experiência em operações de turismo na Amazônia, turismo em terras indígenas ou comunidades tradicionais, em operação de turismo em regiões montanhosas e locais remotos, atender o Sistema de Gestão de Segurança para Operação Turística no Pico da Neblina, segundo as diretrizes da ABNT NBR ISSO 21101, além de carta de anuência da Associação Yanomami do Rio Cauaburis e Afluentes (AYRCA), já que o serviço será prestado em área indígena.

Em 2018, foi publicado o Plano de Visitação Yaripo que norteia e estabelece as normas para turismo e alinha os interesses entre as instituições envolvidas.

O ICMBio é responsável pelo credenciamento das operadoras, enquanto que a AYRCA fará a gestão do turismo com apoio dos órgãos públicos, já que trata-se de turismo com base comunitária.

A exploração turística estava suspensa devido a forma desordenada nos anos anteriores, levando à violação dos direitos indígenas e impactos negativos ao meio ambiente

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