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Twitter cria opção para denunciar fake news; entenda

O Twitter anunciou nesta segunda-feira (17), que o Brasil também passará a ter a possibilidade de criar uma opção para denunciar fake news. A função já está em teste em Estados Unidos, Austrália, Coreia do Sul, Espanha e as Filipinas, e também estará inicialmente em testes por aqui.

A decisão ocorreu após uma campanha no começo do ano cobrar que a plataforma seja mais ativa no combate à desinformação, especialmente sobre Covid. É muito comum no Twitter que postagens mentindo sobre vacinação, tratamentos sem eficácia comprovada e outras medidas sigam ativas, sem nenhum tipo de restrição.

Na semana passada, também após ser cobrado, o Twitter avisou ao pastor Silas Malafaia que postagens dele contra a vacinação infantil seriam apagadas. Com isso, Malafaia deletou os tuítes.

Num aviso divulgado hoje, o Twitter explica que essas denúncias são usadas principalmente para revisar os tuítes identificados pelos usuários por terem violado a política contra a desinformação da plataforma e para que sejam identificadas narrativas e tendências relacionadas à desinformação que estão surgindo no mundo.

Com isso, eles seriam capazes de detectar as fake news proativamente, ou seja, sem depender que alguém denuncie ou criar destaques — os chamados Moments — remetendo para reportagens de sites de checagem rebatendo essas fake news.

O Twitter já avisa neste comunicado que pode não dar conta de todas as denúncias e tampouco responderá a cada uma delas. “Podemos não tomar medidas em relação a todas as denúncias recebidas, assim como não poderemos responder a cada uma delas”, informou o texto.

Este trecho é especialmente preocupante, porque pode fazer com que a decisão seja inócua. O texto divulgado hoje destaca que o botão da denúncia permite que o usuário se sinta mais empoderado com a possibilidade de fazer a denúncia, em vez de ter que interagir com o conteúdo enganoso. Mas a frustração de ver uma denúncia não chegar a lugar algum pode ser ainda pior. Segundo o comunicado, a ferramenta poderá ser lançada em todo o mundo este ano, a depender do resultado dos testes feitos nesses países.

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