
A Universidade do Amazonas (UEA) afastou por 30 dias o professor de Anatomia da Escola Superior de Saúde, Hélder Bindá Pimenta, investigado pela Polícia Federal suspeito de tráfico internacional de órgãos humanos para a Ásia onde eram usados como matéria-prima de peças e acessórios por designers.
Nesta terça-feira (22), agentes da PF cumpriram mandado de busca e apreensão no campus da UEA, na Cachoeirinha, na Zona Sul de Manaus, além do apartamento do professor, na Ponta Negra, como parte da investigação.
Em nota (leia na íntegra), a UEA informou que “após tomar conhecimento do ofício que determinou o afastamento cautelar do professor investigado e da ação de busca e apreensão no laboratório supracitado, a Reitoria da UEA cumpriu a ordem judicial e determinou a abertura de sindicância para a apuração dos fatos e responsabilidades”.
Desde 2017, o laboratório de Anatomia onde Bindá é professor, são realizados estudos da técnica de plastinação como prática de ensino da disciplina no laboratório de Anatomia.
A plastinação é um procedimento técnico de preservação de matéria biológica, criado pelo cientista Gunther Von Hagens em 1977, e que consiste em extrair os líquidos corporais, tais como a água e os lipídios, através de métodos químicos, para substituí-los por resinas elásticas de silicone e rígidas epóxicas.
A PF investiga se os órgãos preservados com essa técnica eram enviados para países da Ásia, como Singapua e Indonésia, onde seriam utilizados para a produção de peças de acessórios de tecidos humanos.
A superintendência da Polícia Federal em Manaus, emitiu uma nota em que afirma sobre as investigações. Segundo a PF, “há indícios de que foi postada uma encomenda contendo uma mão e três placentas de origem humanas, de Manaus com destino à Cingapura, cujo destinatário é um famoso designer indonésio que vende acessórios e peças de roupas utilizando materiais de natureza humana”.
Leia na íntegra a nota da UEA:
