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Um ano da tragédia no Fla: polícia investiga e parentes são barrados no Ninho

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Neste sábado (8), a tragédia no Ninho do Urubu completa um ano. As investigações da polícia civil do Rio de Janeiro ainda estão em curso, depois que o Ministério Público devolveu o inquérito por duas vezes, a última no dia 19 de dezembro, para a apuração de novas informações. Possíveis culpados pelo incêndio que deixou dez adolescentes da base do Flamengo mortos e três feridos ainda não foram apontados, tampouco qual será o enquadramento jurídico.

A expectativa é de que este mês a polícia entregue o inquérito pela terceira vez ao MP. De acordo com a 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes, Rio de Janeiro) novas diligências estão sendo feitas. O inquérito policial será enviado pelo promotor responsável pelo caso e analisado para verificar se há a hipótese de oferecer a denúncia.

Em junho, foram indiciados por dolo eventual o ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, e outras sete pessoas, incluindo engenheiros do clube e da empresa “NHJ”, responsável pelos contêineres, além de um técnico de refrigeração. O fogo no alojamento no Ninho começou em um aparelho de ar condicionado.

Barrados

Em dia de homenagens aos meninos no local da tragédia, familiares e amigos de algumas vítimas compareceram mesmo debaixo de um sol forte e uma temperatura alta no Rio de Janeiro. Entre eles, os parentes de Jorge Eduardo, Christian Esmério e Pablo Henrique, que estiveram hoje (08) no Centro de Treinamento do Flamengo.

Entretanto, apenas os familiares de Pablo entraram, o restante ficou na parte de fora porque o Flamengo alegou que não foi feito previamente um pedido. Da mesma forma, seguranças estavam junto com o grupo e impediram que fotos fossem tiradas.

No local, não havia absolutamente nenhum representante do Flamengo. As pessoas que pretendiam entrar no CT, precisaram esperar uma autorização dos responsáveis pela portaria. Desse modo, o acesso não foi permitido, com a alegação de que não havia um pedido antecipado. Até mesmo a entrada na recepção foi negada, causando ainda mais revolta entre as pessoas presentes.

Anteriormente, na véspera das homenagens, o CEO do rubro-negro, Reinaldo Belotti, tinha restringido o horário para a cerimônia. Todavia, por conta da má repercussão do fato, o executivo se reposicionou e falou que era necessário apenas combinar um horário pré-determinado.

Alguns parentes reclamaram da situação, como Simone, tia de Jorge Eduardo: “Se eu pudesse, eu nem colocava meus pés aqui. Eu vim acender uma vela para o Jorge e parece que estou aqui para aparecer. É humilhante”.

O pai de Pablo, Wedson Cândido, também foi barrado e desabafou: “Ter autorização para fazer uma oração é muito humilhante”.

O Flamengo tem acordos feitos simultaneamente, com as famílias de Gedson, Athila, Vítor Isaías e com o pai de Rykelmo. Assim também, é feito um pagamento de pensão mensal no valor de R$ 10 mil aos familiares das vítimas.

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