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‘Urina preta’: Amazonas registra novos casos e chega a 26 vítimas da doença

Cinco novas ocorrências de rabdomiólise foram notificados por Itacoatiara, Caapiranga e Manaus

Onze casos suspeitos da "doença da urina preta" são investigados no AM

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), recebeu nesta sexta-feira (27), mais sete notificações de rabdomiólise – doença mais conhecida como ‘urina preta’ provocada pelo consumo de pescado.

Cinco casos foram de Itacoatiara (250 km de Manaus por estrada) e outros dois casos também foram notificados ao órgão, oriundos da cidade de Caapiranga e Manaus. Ao todo agora são 26 casos notificados da doença.

Em Itacoatiara, dos cinco casos, três seguem internados no Hospital Regional José Mendes. Todos consumiram peixe – pirapitinga, pirarucu e pacu. Eles são da mesma família – quatro adultos (duas mulheres e dois homens) e uma criança de um ano e sete meses, que residem na Vila do Novo Remanso, Zona Rural de Itacoatiara.

Em Manaus, também se encontram internados no Hospital Tropical, o paciente oriundo de Caapiranga, de 65 anos, e outro residente da capital, de 69 anos.

De acordo com a coordenadora do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS/FVS-RCP), Liane Souza, o surto em Itacoatiara foi confirmado para rabdomiólise, sem registro de casos graves e óbitos pela doença.

“Todos os pacientes apresentam a clínica e resultado laboratorial compatíveis com a doença. O quadro clínico de todos os internados em Itacoatiara e Manaus permanece de forma leve, mas requer cuidados assistidos”, explica Liane.

Rabdomiólise

A rabdomiólise é uma síndrome clínico-laboratorial que decorre da lesão muscular com a liberação de substâncias intracelulares para a circulação sanguínea.

Ocorre normalmente em pessoas saudáveis, na sequência de traumatismos, atividade física excessiva, crises convulsivas, consumo de álcool e outras drogas, infecções e ingestão de alimentos contaminados que incluem o pescado. O quadro clínico da doença pode incluir elevações assintomáticas das enzimas musculares séricas (creatinina-fosfoquinase – CPK).

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