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População sofre com a falta de ônibus em meio a ‘guerra’ entre município e sindicato

Prefeitura determina a implantação do bilhete eletrônico, enquanto o Sindicato dos rodoviários manda dizer que é contra

Foto: Divulgação

Há cinco dias os manauaras sofrem nas paradas de ônibus com a redução das frotas por parte dos donos das empresas que alegam falta de diesel para circular. O município por sua vez, disse que a situação não passava de charme para chamar a atenção e no dia de hoje, divulgou um novo decreto: o único meio de pagamento no transporte público de Manaus será por meio de bilhete eletrônico, com a utilização de smart card. A prefeitura deu prazo de 60 dias para empresas implementarem adequação.

A prefeitura informou que o decreto faz parte de um pacote de medidas de intervenção para monitorar situações como a redução da frota de ônibus nas ruas, mesmo após o repasse para combustível. De acordo com o texto, sistematizar o pagamento das tarifas vai permitir a maior transparência no fluxo de receitas do sistema de transporte coletivo.

Atualmente, a bilhetagem eletrônica corresponde a 60% do valor arrecadado pelas concessionárias, enquanto 40% é coletado em dinheiro nas catracas e, segundo a prefeitura, não permite controle exato por parte do órgão.

O decreto considera ainda que a medida vai proporcionar mais segurança aos usuários e trabalhadores do transporte público.

O decreto não agradou o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Manaus (STTRM), que afirmou na nesta sexta-feira (20), que adotará medidas contra a determinação da Prefeitura de Manaus, em colocar uma única tarifa, por meio do smart card.

Segundo a assessoria do STTRM, o decreto da Prefeitura gerou um “descontentamento geral e que o Sindicato adotará medidas contra a determinação”. Durante uma coletiva de imprensa na tarde de sexta-feira (20), o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Givancir Oliveira, afirmou que a categoria é contra o decreto publicado pela Prefeitura. Segundo ele, a medida pode causar a extinção de cobradores de ônibus que atuam atualmente.

Ainda conforme os rodoviários, eles pretendem se reunir com o prefeito Artur Neto na próxima semana para expor os pontos levantados pela categoria, com o intuito que o decreto sofra alterações para que os trabalhadores não sejam afetados.

Em meio aos decretos e reclamações, fica a população, aquela que realmente paga pelo transporte, observando o cabo de guerra enquanto o ônibus não vem.

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