
Desde que a técnica de enfermagem Vanda Ortega recebeu a primeira dose de CoronaVac no braço, na noite de 18 de janeiro de 2021, numa solenidade que marcou o início da campanha de vacinação no Amazonas no Centro de Convenções Vasco Vasques, o estado já vacinou 53,89% da população (2.333.999) com a duas doses ou uma única de imunizante contra a Covid-19 – cobertura vacinal completa.
Apesar de mega eventos com viradão de 24 horas de vacinação, carreta itinerante, aplicação em shoppings e supermercados, além da campanha do governo estadual Vacina Amazonas, o estado tem pouco mais da metade da população e enfrenta uma terceira onda com a variante do coronavírus, ômicron. Outros 64,3% tomaram a primeira dose.
Mesmo com a cobertura vacinal pela metade, o estado tem resistido bem a disparada de novos casos – 5.753 nas últimas 48 horas – duas mortes. Bem diferente do cenário de um ano atrás a rede de saúde amazonense chegou ao seu limite de atendimento com hospitais particulares e públicos colapsaram.
Um dos motivos para a cobertura atual são as distâncias e as dificuldades logísticas do estado continental como o Amazonas. Alguns municípios estão a mais de 1.100 km da capital Manaus, que tem atualmente mais de 80% da sua população com as duas doses.
Segundo a Secretaria de Saúde (SES-AM), os municípios vem recebendo apoio de recursos humanos e técnicos, para levar a vacina para a população nas áreas de difícil acesso e nas zonas rurais, por exemplo.
Fase atual
O estágio atual amazonense é de aplicação da terceira dose (reforço) e da quarta em pessoas com alto grau de imunossupressão. As crianças de 5 a 11 anos também passaram a ser vacinadas desde ontem (17).
Apesar dessas ações o sistema de saúde voltou a enfrentar superlotação com algumas unidades particulares suspendendo atendimentos de urgência e emergência após a nova explosão de casos de Covid-19 e síndromes gripais. A rede estadual ampliou a oferta de leitos para atender a demanda.
Segundo especialistas, as vacinas continuam eficazes. Elas têm conseguido evitar uma nova escalada de mortes, mas não conseguem conter a infecção, inclusive por quem já completou o ciclo vacinal.
A ômicron, diferentemente da Delta e P1, é menos letal e a vacinação tem protegido a população contra hospitalizações e infecções graves ou críticas. Ainda de acordo com os especialistas, a nova mutação do coronavírus possui um grau maior de transmissibilidade e menos letalidade. Mas tem dado mais trabalho aos profissionais de saúde sobrecarregando o sistema do estado.
Esquema vacinal
Segundo o Vacinômetro do Amazonas de Covid-19, até esta terça-feira (18), o Amazonas aplicou 5.637,099 doses de vacinas da Pfizer, CoronaVac, AstraZeneca e da Janssen em uma população vacinal de 3.237,248, acima de 12 anos – ontem começou a vacinar entre 5 e 11 anos. O estado recebeu 6.716,340 doses do governo federal.
As informações sobre a vacinação no Amazonas estão em https://www.fvs.am.gov.br/indicadorSalaSituacao_view/75/2