
O prefeito Arthur Neto garantiu que não haverá aumento no valor da passagem de ônibus em Manaus. Há três anos sem reajuste, a tarifa atual é de R$ 3,80. A medida já havia sido anunciada pelo próprio prefeito, como parte das melhorias propostas a partir da intervenção junto às empresas que operam no sistema.
Durante solenidade de abertura das atividades da Câmara Municipal de Manaus (CMM), os vereadores afirmaram que entre as prioridades para 2020 está o transporte coletivo público de Manaus, cuja gestão 2017-2020 foi marcada por alguns episódios de greve dos rodoviários e prejuízos aos usuários de ônibus.
Intervenção – A precariedade no serviço do transporte coletivo da cidade levou a Prefeitura a fazer uma intervenção financeira no ano passado, nos contratos de concessão de Serviço Público do Transporte Coletivo Urbano, na modalidade convencional. O decreto assinado em 22 de julho de 2019 foi de 90 dias.
Segundo o secretário municipal extraordinário de Articulação Política, Luís Alberto Carijó, este ano é de colher os frutos do que foi apontado como problemática por meio da intervenção financeira. Segundo Carijó esse é o início de um novo marco.
” Não vai haver um aumento esse ano da passagem de ônibus, é o terceiro ano seguido com congelamento de preço. Vão chegar 300 ônibus novos segundo o acordo entre a prefeitura e o empresários de ônibus. Se eles não cumprirem esse acordo não há renovação de contrato. Fora isso vai haver a licitação do transporte alternativo e executivo que vai ser transporte complementar que também vai efetivar a renovação dessa frota”, declarou.
Resultado da intervenção
Cerca de 300 novos ônibus convencionais devem ser incorporados a frota atual a partir de junho. Também haverá a implantação do Comitê Gestor do Sistema de Bilhetagem Eletrônica, em substituição ao controle da intervenção; a reforma dos terminais de integração, incluindo o T1; reativação de corredores exclusivos para ônibus; licitação dos executivos e alternativos; e também a melhoria na governança do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), presidido pelo ex-interventor do sistema, Francisco Bezerra.
No período 180 dias, de 22 de julho do ano passado até 20 de janeiro passado, enquanto durou a intervenção financeira, a prefeitura operou, aproximadamente, R$ 204,7 milhões, oriundos do Sistema de Bilhetagem Eletrônica (SBE). Desse total, R$ 61,8 milhões representam o aporte feito pelo tesouro municipal para que se pudesse promover o equilíbrio nas contas do sistema.
Os recursos foram utilizados para o pagamento salarial dos funcionários das empresas de transporte, que pôs fim às constantes paralisações dos rodoviários. Outras despesas pagas com os recursos da intervenção foram na aquisição de combustível, pagamento dos alternativos, entre outros custos operacionais do transporte coletivo.