
Propostas para preservação do meio ambiente e redução das mudanças climáticas, em especial relacionadas à Amazônia, aparecem nos planos de governos de todos os candidatos à Presidência da República.
Entretanto, apesar de os postulantes tocarem com mais frequência nesses assuntos em 2022 do que no último pleito, não há detalhamento sobre como as medidas vão ajudar a proteger o ambiente e mitigar os problemas climáticos.
Veja como cada candidato trata o meio ambiente em seu programa de governo:
Lula (PT)
No plano de governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ele defende a sustentabilidade social, ambiental, econômica e o enfrentamento das mudanças climáticas. No documento, o candidato afirma que “vamos combater o uso predatório dos recursos naturais e estimular as atividades econômicas com menor impacto ecológico”.
Entre as propostas apresentadas pelo ex-presidente Lula ele reafirma o compromisso com as instituições federais de fiscalização e controle como o Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) e a Fundação Nacional do Índio (Funai).
Além disso, o candidato ataca o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a sua posição referente às pastas ligadas ao meio ambiente que “foram desrespeitadas e sucateadas por práticas recorrentes de assédio moral e institucional”.
Jair Bolsonaro (PL)
Nas propostas apresentadas pelo atual presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro, defende a preservação do meio ambiente em harmonia com o desenvolvimento sustentável em conjunto com a inclusão social.
Deve apoiar e participar de todas as iniciativas julgadas coerentes, realistas e socioeconomicamente viáveis para contribuir para o futuro do planeta”, defende o texto apresentado pelo candidato à reeleição.
Estudo do Ipam, divulgado em 2022 alerta que a tendência é que o desmatamento cresça ainda mais na Amazônia caso sejam aprovados projetos de lei que estão em discussão no Congresso.
Segundo o instituto, esses textos preveem a regularização de áreas desmatadas e atividade de exploração mineral em terras indígenas.
Em 2019, Bolsonaro se envolveu em algumas polêmicas ao ser pressionado sobre as medidas para controlar a situação das queimadas na Amazônia. Na época, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou que o mês de julho havia registrado um aumentos de 88% nos incêndios, em comparação com o mesmo período do ano anterior Fábio Vieira.
Diante da polêmica, o governo lançou edital com o intuito de contratar uma equipe privada para monitorar o desmatamento na Amazônia. O presidente também convocou um gabinete de crise para tratar das queimadas e prometeu tolerância zero com os incêndios florestais.
No ano seguinte, Bolsonaro elogiou a legislação ambiental brasileira e o Código Florestal e enalteceu a Amazônia durante a assembleia. Além disso, disse que o futuro do emprego verde estava no Brasil.
Ciro Gomes (PDT)
No documento apresentado pelo pedetista, o candidato defende a integração da agropecuária, realizada sobretudo na Amazônia, associada a preservação da floresta e a geração de empregos para as populações.
“Será necessário envolver a população local em atividades econômicas que sejam rentáveis e sustentáveis a eles, mas que excluam a derrubada da floresta”, defende o texto apresentado.
Simone Tebet (MDB)
Uma das medidas apresentadas pela presidenciável propõe, assim como o candidato pedetista, o desenvolvimento sustentável em conjunto com a agropecuária brasileira.
A candidata do MDB declara, também, a necessidade de combater o destamanento ilegal com total rigor e adoção das práticas de Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança, ESG) durante o seu possível madato.
“Retomar o Fundo Amazônia e fortalecer a sua governança, como estratégia de financiamento de ações de fiscalização, proteção e preservação daquele bioma, bem como o desenvolvimento social e humano da região”, defende o plano de governo de Tebet.