
Parlamentares da bancada federal do Amazonas se manifestaram nesta quarta-feira (8), nas redes sociais, sobre as manifestações que ocorreram no feriado de 7 de setembro em várias cidades do Brasil. O único que não usou as redes sociais para falar do assunto foi o deputado federal, Átila Lins (PP).
O deputado federal Capitão Alberto Neto (Republicanos), vice-líder de Bolsonaro, não participou dos atos em Manaus, mas esteve na manifestação em Brasília, pela manhã, e na Avenida Paulista, em São Paulo, à tarde, a pedido do próprio presidente da República.
“Não queremos tirania nesta nação. Quem manda nesta nação é o povo brasileiro. Não é um ministro do STF que quer usar a sua caneta para arrepiar e rasgar a Constituição Brasileira. Nós não vamos aceitar este tipo de tirania”, disse Alberto Neto.
Participando da manifestação na Ponta Negra, o deputado federal Delegado Pablo (PSL), contou ao Direto ao Ponto que o 7 de setembro de 2021 entra na história e que o Amazonas mostrou que “Supremo é o povo brasileiro”.
“Nosso Amazonas mostrou que Supremo é o povo brasileiro! Liberdade sempre!. O recado de Manaus é o mesmo que ecoa em todo o Brasil: Supremo é o povo! Parabéns, Amazonas! Seguimos juntos, Brasil!”, disse o parlamentar.
Após as manifestações o deputado ainda fez um desabafo nas redes sociais e disse estar triste com a parte da cobertura da imprensa.
O deputado federal Silas Câmara (Republicanos) comandou a manifestação na Bola da Suframa que foi regada de muitas orações para o presidente Bolsonaro e ao Brasil.
“Que maravilha estarmos juntos por Deus, Pátria, Família e pela Liberdade do Brasil. Milhares de pessoas orando a Deus pelo Brasil. Sem desordem, violência ou falta de respeito a quem quer que seja. Parabéns a Ordem dos Ministros Evangélicos do Amazonas (OMEAM) por esse patriótico e maravilhoso evento. Queremos o melhor para nossa Nação!”, postou Silas em sua rede social que ainda contou: “ 7 de Setembro, mais uma vez um dia histórico para nossa Nação. Parabéns a todos os brasileiros e brasileiras que foram às ruas declarar, de forma independente, que o Brasil é dos brasileiros!”.
Na contramão das manifestações
O vice-líder da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL) comentou em sua rede social que a participação do presidente da República nas manifestações do dia 7 de setembro tornará inevitável abertura do impeachment.
“Não tenho dúvidas de que qualquer ato de violência contra o Congresso ou o STF em ato que teve a participação do presidente da República tornará inevitável a abertura do processo de impeachment”, escreveu Marcelo que ainda questionou o presidente Bolsonaro.
“Pronto. Já teve o show, agora vamos voltar para o que interessa. Presidente, o que o senhor tem a dizer sobre 14,8 milhões de desempregados, 19 milhões com fome, gás acima de 100 reais, gasolina acima de 7, juros de dois dígitos e PIBinho?”.
Bosco Saraiva (Solidariedade) comentou com o Direto ao Ponto que as manifestações foram pacificas e bonitas, no entanto, o discurso de Bolsonaro atacando o STF repercutiu mal em seu partido.
“Foram bonitas e pacíficas manifestações em data especial do povo brasileiro. O discurso do presidente da República atacando o STF repercutiu muito mal dentro do nosso partido Solidariedade, que se reunirá na próxima semana, em Executiva, para deliberar sobre o assunto”, disse o deputado sem afirmar se esta reunião seria para um possível pedido de impeachment ao presidente.
Zé Ricardo (PT) participou da manifestação do Grito dos Excluídos e Excluídas em Manaus que reuniu entidades e sindicatos que pediram em placas e faixas, por saúde, vacinas, comida, moradia, renda, mais empregos e em defesa da democracia.
“Chega desse governo genocida. O impeachment de Bolsonaro é inevitável. Nenhuma proposta para gerar emprego e contra a fome, nenhuma medida para saúde, educação, segurança, moradia e nada para melhorar a vida do povo brasileiro. Só ataques à democracia, aos poderes e à CF/88”, afirmou o deputado dizendo que foi esse o discurso do presidente no dia 7 de setembro de um Brasil sem governo.
Neutros
O senador Plínio Valério (PSDB) avaliou as manifestações do dia 7 de setembro e disse ter percebido que as pessoas acham que entendem as regras do jogo entre “nós X eles”.
“Sobre avaliações das manifestações de ontem em todo País: o que percebo nisso tudo, é que tem pessoas achando que entendem as regras do jogo e pela impotência de não poderem jogar, plantam conjecturas tentando entrar no jogo. A vida não se resume entre Nós x Eles. Existem os outros. Existem os desvalidos e necessitados. Como cuidar daqueles q precisam de remédio na cabeceira da cama e comida na mesa se insistimos nessa guerra entre irmãos? Achar que o Presidente é o único errado, é simples demais”, falou Plinio.
O senado ainda completou dizendo que todos erram quando usurpam as prerrogativas dos outros. E que o STF faz isso todos os dias.
O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD) que também foi alvo de críticas durante a manifestação sobre 7 de setembro, se manteve um pouco mais neutro.
Em sua publicação na rede social, o senador apenas se manifestou contando que independentemente de partido político, o 7 de setembro deve ser celebrado como um marco histórico.
“Independente de partido político, devemos celebrar a data que marca a independência do nosso país. O dia 7 de setembro representa um marco histórico para a nossa nação. Não é o momento de dividir o Brasil, é o momento de nos unirmos e caminharmos em busca da ordem e do progresso do nosso país, este é o grito de uma nação”, apontou.
Sidney Leite (PSD) e Eduardo Braga (MDB) também foram neutros em seus comentários sobre as manifestações de 7 de setembro.
“Se faz necessário que os três poderes entrem em acordo e usem a data para iniciar um novo momento na história do Brasil, pois estamos ficando cada vez mais para trás, comparado a comunidade internacional. Nosso país precisa, mais do que nunca, de ordem e progresso”, relatou Sidney.
E Braga apenas afirmou que o dia é marcado pela autonomia e liberdade.
“ Hoje é dia de comemorar nossa autonomia e liberdade. Dia de comemorar a grande nação democrática que nos tornamos. E de lembrar que uma democracia convive de forma pacífica e equilibrada com divergências. Sem radicalismos ou intolerância. Viva o Brasil e os brasileiros!”, finalizou.


