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Venezuela faz exercícios militares na fronteira com Roraima

Resultado de imagem para Venezuela mobiliza 2,3 milhões de militares em exercícios na fronteira com Roraima

O clima pode ficar ainda mais tenso do que já está na fronteira do Brasil com a Venezuela neste fim de semana. O presidente Nicolás Maduro informou que vai mobilizar 2,3 milhões de combatentes da Força Armada Bolivariana e da milícia — corpo civil que faz parte da estrutura militar do país — no exercício “Escudo Bolivariano 2020”. Maduro afirmou que as manobras incluirão “sistemas de mísseis terra-ar, terra a terra, os sistemas de foguete, todas as formas de defesa antiaérea, aérea e terrestre”, na divisa com o Brasil.

Em entrevista coletiva no Palácio Miraflores, em Caracas, o líder venezuelano acusou o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, de levar o Brasil a um “conflito armado” contra a Venezuela, o que usou como justificativa para exercícios militares que serão realizados no fim de semana.

A demostração de força de Maduro é referente ao refúgio de militares desertores do regime totalitário venezuelano, que conseguiram refúgio no Brasil após um ataque a um quartel da Força Armada no estado de Bolívar, na fica na fronteira com Roraima, em 22 de dezembro último. Na ocasião, um agente morreu e fuzis e lançadores de foguetes foram roubados. Seis militares foram presos na ação e outros cinco pediram refúgio ao Brasil.

“Bolsonaro está arrastando as forças militares do Brasil para um conflito armado contra a Venezuela, ao amparar um grupo de terroristas que atacou um quartel militar venezuelano”, disse Maduro para a imprensa oficial do seu país.

Maduro acrescentou, ainda, que Bolsonaro, a quem tachou de “fascista”, “está por trás das ameaças terroristas contra a Venezuela, embora os militares brasileiros não se prestem a isso”. 

“Há terroristas no território brasileiro preparando ataques e incursões militares contra a Venezuela. E nós temos direito de nos preparar”, justificou Maduro sobre os exercícios militares previstos para sábado e domingo.

A força militar de Maduro chegou a provocar um desequilíbrio na região. Seu governo investiu muito em armamento e sempre contou com o apoio da Russia e da China, além de consultoria cubana nessa área. Maduro comprou caças e tanques russos mas, segundos militares brasileiros, esses equipamentos de alta tecnologia sofrem com a falta de manutenção e podem ter pedido a sua capacidade operacional.

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