
Por 48 votos a dois — e uma ausência, Gabriel Monteiro teve o mandato de vereador do Rio cassado. A decisão sobre o futuro do ex-PM e youtuber foi tomada nesta quinta-feira (18), na Câmara dos Vereadores do Rio.
Terceiro parlamentar mais votado nas últimas eleições, ele acumulou polêmica ao longo dos anos, como produções forjadas de vídeos envolvendo pessoas que não sabiam que estavam sendo filmadas e denúncias de assédio e de estupro.
Dos 51 vereadores, apenas o próprio Gabriel Monteiro e Chagas Bola (União Brasil) votaram contra a cassação. Carlos Bolsonaro (PL) se licenciou do mandato em 2 de agosto para cuidar das mídias sociais do pai, o presidente Jair Bolsonaro (PL), que é candidato à reeleição.
Essa é a segunda vez que um vereador é cassado na história da Câmara. A primeira vez aconteceu em 2021, quando o agora ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, Dr. Jairinho, também teve o mandato cassado por quebra de decoro parlamentar. Ele está preso desde abril, acusado de torturar e matar o enteado, Henry Borel, de 4 anos, no apartamento onde vivia com a mãe da criança, Monique Medeiros — também presa pelo crime.
No lugar de Monteiro, quem deve assumir é o suplente Matheus Floriano, que deve ser convocado para a diplomação no cargo de vereador nos próximos dias.
Alexandre Isquierdo, membro da Conselho Ético, comentou sobre o resultou ao fim da sessão. “Nesses 128 dias de trabalho fomos coesos, responsáveis e imparciais. O resultado de 48 votos a favor mostra isso. A gente sabe que a cassação de dois vereadores não é algo para se comemorar, mas trouxemos hoje uma resposta à população”, disse.
“O parlamento é soberano sempre e foi decidido da melhor forma, respeitando a posição de cada um dos vereadores aqui representados, sejam eles de esquerda, direita ou centro”, afirmou o presidente da Câmara, Carlos Caiado.