A Polícia Federal encontrou o esconderijo que fazia parte do plano do PCC de matar o senador Sérgio Moro e o promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo (Gaeco), além de servidores públicos e autoridades no Distrito Federal e em quatro Estados: Rondônia, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.
As imagens divulgadas pela PF mostra o que parece ser uma casa, com paredes quebradas, que poderiam servir como cativeiro para as vítimas da organização.
Em uma postagem no Twitter, o ex-juiz da Operação Lava Jato e ex-ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro confirmou ser um dos alvos e adiantou que o plano provém da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
“Sobre os planos de retaliação do PCC contra minha pessoa, minha família e outros agentes públicos, farei um pronunciamento à tarde na tribuna do Senado”, escreveu Moro, no Twitter.
“Por ora, agradeço a PF, PM/PR, Polícias legislativas do Senado e da Câmara, PM/SP, MPE/SP, e aos seus dirigentes pelo apoio e trabalho realizado.”
A ação foi batizada de Sequaz e tem por objetivo desarticular o grupo que “pretendia realizar ataques contra servidores públicos e autoridades, incluindo homicídios e extorsão mediante sequestro, em pelo menos cinco unidades da federação”.
Como ministro da Justiça do governo Bolsonaro (PL), Sergio Moro transferiu vários chefes do PCC, entre eles Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, para o sistema penitenciário federal.
O principal líder do PCC foi transferido do sistema penitenciário estadual de São Paulo para a penitenciária federal em Brasília em fevereiro de 2019. Meses depois, seguiu para uma unidade federal em Rondônia e depois retornou para a capital federal.
Além dele, outros 21 integrantes da cúpula da facção foram transportados naquele momento em um avião das Forças Armadas a partir do aeroporto da vizinha Presidente Prudente (SP) para a transferência.