O Instituto Médico Legal de São Paulo concluiu na quarta-feira (14), a identificação de todas as 62 vítimas que estavam no avião da companhia aérea Voepass, que caiu em Vinhedo (SP), na sexta-feira, 9. Houve a comunicação de todos os familiares.
Para o trabalho, que iniciou na mesma data da queda da aeronave, os médicos legistas utilizaram reconhecimento digital na maioria dos corpos. Houve ainda necessidade de analisar o histórico odontológico de algumas vítimas. No entanto, não foi preciso realizar exames de reconhecimento de comprovação biológica por meio de DNA.
De acordo com as autoridades, os passageiros foram encontrados com as mãos entre os braços, o que indica que eles sabiam sobre a queda da aeronave.
“Grande parte das vítimas encontradas nesse caso estavam com as mãos preservadas. Isso ajudou, inclusive, naqueles pouco carbonizados. Eu não sei se houve um comando da tripulação de que estavam em emergência ou se as pessoas perceberam essa queda acentuada. Mas muitos corpos estavam naquela posição”, afirmou Mauricio Freire, diretor do IIRGD (Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt) do estado de São Paulo, em coletiva de imprensa concedida nesta quinta-feira (15).
A morte dos passageiros e tripulantes foi instantânea no momento da queda.
“O avião perdeu a sustentação e caiu de uma altura de 4 mil metros. Quando ele chegou ao solo, teve um impacto muito grande. Todos os passageiros e tripulantes tiveram morte instantânea por traumatismo”, explicou o superintendente da Polícia Técnico-Científica, Claudinei Salomão.
Aproximadamente 40 profissionais entre médicos e equipes de odontologia legal, antropologia e radiologia e trabalharam de forma exclusiva com apoio de equipes do IIRGD.