
No primeiro balanço da volta às aulas na rede estadual na manhã desta segunda-feira (10), os números de presença nas 123 escolas foi de 75% dos estudantes e 100% dos professores nas salas de aula, sem o registro de anormalidades.
Na Escola Estadual Sólon de Lucena, unidade com 2,6 mil alunos em Manaus, a aluna Jennyfer de Castro, do Grêmio Estudantil estava responsável por medir a temperatura dos colegas na entrada da escola, enquanto os funcionários conferiam o distanciamento para garantir o prosseguimento dos protocolos.
“A gente precisa medir a temperatura para não pôr em risco a saúde dos alunos e dos professores, que estão aqui para trabalhar, então é muito importante seguir o protocolo. Estava com muita expectativa para voltar às aulas, mas ainda com dúvida. Quando eu cheguei aqui, vi que está sinalizado, estão mantendo a distância, todos tomando cuidado. Aí, fiquei mais calma”, disse a estudante.

“Direto para a sala. Ninguém nos corredores”, era a orientação do gestor da escola, Eliab Vasconcelos, para um grupo de alunos do lado de fora que se confraternizava após quatro meses sem se ver pessoalmente.
“Eu dei uma desleixada nos estudos, e aqui na escola é um incentivo para estudar, dá um ânimo a mais para nós, estudantes”, confessa Júlio Oliveira, que é finalista.
A amiga dele, Julie Leite, diz que a pandemia tirou um pouco do foco que ela estava tendo em estudar. Por isso, acredita que voltar às aulas presenciais vai ajudar na preparação para o vestibular.
“Não estava mais conseguindo me manter para estudar, para ter aquele foco. Na escola, é diferente, dá mais gosto de estar, de estudar”, afirmou ela que pretende fazer Direito.

Na Escola Estadual Jacimar da Silva Gama, no bairro Petrópolis, os alunos passaram a conviver com a nova rotina. Com o apoio dos servidores, os estudantes seguiram todos os passos do protocolo.
“Os alunos saem de forma escalonada. É uma turma de cada vez para manter o distanciamento, eles recebem as orientações antes de lanchar, antes de sentar e passar na pia e lavar as mãos”, explica o coordenador distrital das escolas estaduais da zona sul, Orlando Moura.
Ainda segundo Moura, os estudantes lancham e depois descartam o copo e mantém a distância recomendável. “Eles colocam a colher no lugar, ficam sentados distantes um do outro, dirigem-se à pia novamente, lavam as mãos adequadamente e sentam ou ficam pelo pátio, respeitando o distanciamento social”.
