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Ministro da Educação deve pedir demissão do MEC nesta quinta

Ministro da Educação deve cair após desgaste com STF agravado com ida a protesto de apoiadores do governo

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, admitiu a aliados e interlocutores na noite desta quarta-feira (17) que deverá deixar o cargo nas próximas horas. A essas pessoas, o titular do MEC disse que o atual secretário nacional de alfabetização, Carlos Nadalim, deve ser indicado como ministro interino da pasta.

Assim como Weintraub, Nadalin é seguidor do escritor Olavo de Carvalho, considerado o guru do bolsonarismo. Seu nome, portanto, agradaria à chamada ala ideológica do governo.

O plano do governo para retirar o ministro da Educação, Abraham Weintraub, do centro da polêmica com o Supremo Tribunal Federal é indicá-lo para o Banco Mundial, em Washington. Lá, o Brasil lidera um grupo de nove países e, sendo o maior acionista, tem a prerrogativa de indicar o diretor da área. O cargo está vago desde 5 de maio. A indicação depende de decisão final do presidente Jair Bolsonaro.

Em conversas reservadas com aliados e interlocutores, o titular do MEC admite temor de ser preso e até de sofrer agressões e ataques físicos.

O presidente Jair Bolsonaro deve gravar um vídeo ao lado de Abraham Weintraub para oficializar a demissão do Ministério da Educação. A expectativa é que a gravação seja publica nas redes socias nesta quinta-feira (18).

IRRITAÇÃO – No domingo (14), Bolsonaro ficou “muito irritado” com a ida de Weintraub à manifestação pró-governo naquela manhã, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, onde em conversa com manifestantes, gravada em vídeo, Weintraub voltou a se referir a ministros do Supremo Tribunal Federal como “vagabundos”, como fez na reunião ministerial de 22 de abril.

A avaliação no Planalto foi de que, ao criticar publicamente o STF, o ministro deu razão para as críticas da Corte contra ele e mais munição para seus opositores aumentarem a pressão por sua demissão.

Integrantes do governo também passaram a ver uma falta de sintonia do titular do MEC com o presidente. Enquanto Bolsonaro agia para “proteger” o ministro, Weintraub atuava para obter ganhos políticos com a crise.

Irritado, Bolsonaro, então, pediu a auxiliares sugestões de nomes para o lugar de Weintraub. A exigência é de que o substituto agradasse à militância bolsonarista assim como o atual titular do MEC.

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