
O governador do Amazonas, Wilson Lima, assinou oficialmente a carta de demissão do delegado da Polícia Civil, Gustavo Sotero, nesta semana. Ele foi condenado a 30 anos de prisão – cumpre em regime semiaberto – por matar a tiros o advogado Wilson Justo, no Porão do Alemão, em 2017 em Manaus.
Com a demiss]ao, o delegado Sotero perde imediatamente o salário de mais de R$ 21 mil que continuava recebendo da corporação.
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O delegado Gustao Sotero matou a tiros de pistola calibre 40 o advogado Wilson de Lima Justo Filho após uma discussão dentro da casa noturna Porão do Alemão, na Ponta Negra, em 25 de novembro de 2017.
A morte do advogado ocorreu por um motivo fútil. O delegado teria “azarado” a esposa do advogado, que foi tirar satisfações. De acordo com os depoimentos do processo, Wilson agrediu o delegado com um soco que reagiu atirando e só parou quando a pistola travou.
Cenas que foram expostas ao público por meio das imagens das câmeras de segurança da casa noturna. Em uma das cenas, a mulher de Wilson, Fabíola, se agarra nas pernas de Sotero clamando pela vida do marido enquanto o assassino segue determinado atrás do advogado com a arma em punho.
“Sotero disparou duas vezes contra o advogado, que se escondeu. Em seguida, ele o perseguiu e deu mais dois tiros. Ele só parou quando a arma dele travou”, explicou o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Amazonas (OAB/AM), Marco Aurélio Choy.
Após o assassinato o delegado permaneceu no local e foi conduzido para o 19° Distrito Integrado de Polícia (DIP), onde foi preso em flagrante por homicídio doloso e lesão corporal.