O governador do Amazonas, Wilson Lima, assinou um decreto nesta trça-feira (12) que institui situação de emergência ambiental em Apuí, Boca do Acre, Canutama, Humaitá, Lábrea, Maués, Manicoré, Novo Aripuanã e Tapauá.
Os municípios concentram os maiores índices de queimadas. A medida vale por três meses.
Lima anunciou o repasse de R$ 1,9 milhão para as prefeituras contratarem brigadistas, adquirir material de combate a incêndio e pagar combatentes. Segundo o governador, serão contratados 153 brigadistas – 17 por município.
O comandante do Corpo de Bombeiros do Amazonas, Orleilso Muniz, diz que do dia 12 de julho até esta semana foram registrados 1.057 incêndios em áreas de vegetação no estado.
“Isso é um número expressivamente superior ao que nós registramos no ano passado. Organizamos um centro de monitoramento dentro do Corpo de Bombeiros e monitoramos o estado dentro de duas plataformas: o painel do fogo do Sipam [Sistema de Proteção da Amazônia] e o FIRMS, da Nasa (National Aeronautics and Space Administration)”, disse Orleilso Muniz.
Juliano Valente, diretor-presidente do Ipaam (Instituo de Proteção Ambiental do Amazonas), informou que do início do ano até 10 de setembro o órgão registrou 11.736 focos de queimadas no estado. Valente disse que o Ipaam realiza a operação Tamoiotatá de combate às queimadas ilegais e derrubada de árvores sem autorização.
“Nós estabelecemos os alvos para desenvolver a operação Tamoiotatá, porque nós separamos o pequeno agricultor, que tem a seu favor todo o critério para fazer a queimada. Então, nós não estamos criminalizando a queimada. Existe também o processo de queimada regularizado, porém a nossa preocupação é com o nível de queimada onde existe sim o crime ambiental e o crime organizado”, disse Juliano Valente.