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Wilson Lima exonera cúpula do governo envolvida nas denúncias em Parintins

Passados quatro dias da denúncia do candidato a prefeito de Parintins, Mateus Assayag (PSD), apoiado pelo prefeito Bi Garcia (PSD), no último sábado (28), sobre a participação da cúpula do Executivo estadual flagrados em gravações conspirando para prejudicar sua campanha, o Governo do Amazonas soltou uma nota, no final da tarde de ontem (2), informando que exonerou os envolvidos no caso.

Segundo comunicado divulgado pela Secom – Secretaria de Comunicação -, a medida do governador do estado, Wilson Lima, é para que a Justiça possa realizar o trabalho de investigação que julgar necessário.

Foram exonerados Fabrício Rogério Cyrino Barbosa e Marcos Apolo Muniz de Araújo, dos cargos de Secretário de Estado de Administração e Secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa, respectivamente; e Armando Silva do Valle, do cargo de diretor-presidente da Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama).

O governador reforça que que, “além de garantir a lisura das investigações, o ato tem como objetivo permitir que os citados se defendam de forma isonômica e justa”.

Ainda de acordo com a nota, no final do processo legal de investigação, em se comprovando a inocência das partes, eles retornam aos cargos.

Por recomendação do Ministério Público do Estado (MPE-AM), também foram exonerados o tenente-coronel Jackson Ribeiro dos Santos, comandante das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam) e o capitão Guilherme Navarro Barbosa, da Companhia de Operações Especiais (COE).

Dúvidas

Na manhã da última terça-feira (1), o governador, durante entrega de mantimentos para vítimas da estiagem no Amazonas, foi questionado sobre os acontecimentos de Parintins e o vídeo que circula na imprensa local e nacional denunciando a cúpula do governo .

A gravação envolve secretários de Estado e oficiais da Polícia Militar discutindo supostas ações para serem executadas durante o período eleitoral em Parintins. O governador colocou em dúvida a autenticidade das imagens e defendeu a atuação das forças de Segurança Pública.

Na ocasião, ele questionou a veracidade do vídeo e disse que “aqueles que fazem as acusações precisam apresentar provas para comprovar a veracidade do material divulgado”.

“Com relação ao vídeo que está circulando, não há nenhuma comprovação de veracidade. Foi um vídeo editado por um candidato de Parintins, e estamos à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários à Justiça e aos órgãos de controle”, declarou.

Saiba mais

O vídeo, denominado “QG do crime”, foi apresentado no último sábado (28) pelo candidato a prefeito de Parintins, Mateus Assayag, durante uma coletiva de imprensa. Ele acusa secretários estaduais e membros da Polícia Militar e da Polícia Civil de coordenarem ações criminosas para favorecer a candidata Brena Dianná (União Brasil), que recebe apoio do governador Wilson Lima (União Brasil). Assayag também apontou a possível participação de gerentes do tráfico de drogas e milícias do estado do Pará no suposto esquema com policiais militares amazonenses.

Ao ser questionado se considerava o vídeo uma montagem, o governador afirmou: “Não estou dando uma opinião, estou pedindo que haja uma comprovação da veracidade do vídeo, porque não há nenhuma. O vídeo foi editado, e isso é claro para todos. Nem é preciso ser um profissional da área para entender. É necessário saber como esse material foi obtido, e cabe a quem acusa provar sua autenticidade”.

Na segunda-feira (1), a juíza eleitoral de Parintins, Juliana Arrais, determinou o afastamento do major Francisco Magno Judiss da Silva do comando local da Polícia Militar. Também ordenou o retorno imediato dos policiais militares da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam) e dos agentes do Departamento de Investigação sobre Narcóticos (Denarc) a Manaus, devido à suspeita de abuso do poder econômico e político durante as eleições.

Wilson Lima afirmou que o governo cumprirá as determinações judiciais. “Decisão judicial se cumpre. Mas não podemos permitir que uma narrativa durante o período eleitoral comprometa o trabalho eficiente que a polícia do Amazonas realiza”, concluiu Wilson Lima, que nesta quarata-feira (2) mudou de ideia.

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