O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel deve prestrar depoimento nesta quinta-feira (9) na Polícia Federal, na praça Mauá, região portuária do Rio, sobre as suspeitas de irregularidades em contratos firmados pelo Estado na área da saúde.
As investigações apontam irregularidades no contrato com a Iabas (Instituto de Atenção Básica e Avança à Saúde) para a construção e administração de sete hospitais de campanha no RJ para o combate do novo coronavírus. O valor do acordo é estimado em R$ 835 milhões.
Apesar da quantia quase bilionária, apenas dois dos sete hospitais planejados ficaram prontos – a unidade do Maracanã, zona norte do Rio de Janeiro, e São Gonçalo, na região metropolitana.
Segundo investigações da Polícia Federal, há indícios de que integrantes da Iabas e membros do Governo do RJ estejam envolvidos em um esquema de corrupção que estaria desviando recursos do combate à covid-19. O inquérito deu origem à operação Placebo, realizada em maio, que teve Witzel como um dos alvos dos mandados de busca e apreensão.
Durante a mesma operação, a Polícia Federal também cumpriu mandados contra a esposa do governador, Helena Witzel, e o ex-secretário de saúde do Estado, Edmar Santos.