
A Zona Franca de Manaus (ZFM) vai receber R$ 1,25 bilhão em novos investimentos. Ao todo, 56 novos projetos foram aprovados, com expectativa de gerar 2.153 empregos adicionais na área incentivada nos próximos anos.
Dos projetos aprovados, 34 são de implantação, ou seja, de empresas que vão iniciar operações na região.
O superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, comemorou o resultado. “Mais de 60% dos projetos representam novos investimentos. Isso mostra que a Zona Franca segue atrativa e desperta o interesse de investidores de diversos segmentos”, afirmou.
A reunião foi presidida pelo secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio Fernando Elias Rosa, e contou com a presença de autoridades federais, estaduais e representantes de entidades de classe, como a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam).
Destaques dos investimentos
Entre os principais projetos aprovados estão:
- Essilor da Amazônia: implantação para produção de lentes com tratamento multicamadas e lentes orgânicas.
Investimento: R$ 292,8 milhões - Reicon Condutores Elétricos: diversificação para fabricar vergalhões e fios de cobre trefilado.
Investimento: R$ 137 milhões - Vitamedic Indústria Farmacêutica: implantação para produzir medicamentos sólidos.
Investimento: R$ 91,2 milhões - HAP Logística: implantação para transporte de cargas, armazenamento de containers e locação de equipamentos.
Investimento: R$ 31,3 milhões.
No setor agropecuário, cinco projetos foram aprovados para o Distrito Agropecuário da Suframa (DAS), com destaque para a expansão das culturas de açaí:
- C. R. Pedrosa Ltda.: R$ 30 milhões em investimentos e 437 empregos previstos.
- M. D. de S. Rocha Ltda.: R$ 36 milhões e 482 empregos diretos.
Debate sobre o PPB de condicionadores de ar
Durante a reunião, o secretário da Sedecti-AM, Serafim Corrêa, chamou a atenção para um problema que afeta diretamente o polo de climatização da ZFM: a obrigatoriedade de compra de compressores nacionais pelo Processo Produtivo Básico (PPB).
Atualmente, apenas uma empresa fabrica esse componente, o que, segundo Corrêa, limita a produção e compromete a competitividade de 15 fabricantes de condicionadores de ar.
O secretário-executivo do MDIC, Márcio Rosa, informou que o governo federal está ciente da situação e prometeu que, até a próxima reunião do CAS, prevista para o final de outubro, haverá avanços para solucionar o impasse.
“Hoje nós temos, acredito, 33 pleitos de alteração ou substituição de PPBs e, desses, 22 são pleitos da Zona Franca de Manaus. E 10 estão já com o prazo de 120 dias, que é o nosso prazo legal de análise, para expirar. Me comprometo novamente que, na próxima reunião do CAS, a gente já tenha caminhado para pacificar e definir essa questão”, disse.