/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/V/o/PYf3TkRbOX93AFfDM7pw/bola-ney.jpg)
O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou a 17 anos de prisão, em regime fechado, o réu Nelson Ribeiro Fonseca Júnior, por participação nas invasões de 8 de janeiro de 2023, nos prédios públicos da Praça dos Três Poderes, em Brasília, quando foi furtada uma bola de futebol autografada pelo atacante do Santos Neymar, que faz parte do acervo da Câmara dos Deputados.
Nelson integrou o grupo de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que invadiu e depredou as sedes dos Três Poderes, em Brasília, após a derrota do candidato à reeleição nas urnas. Mais de 500 pessoas foram condenadas pelo que ficou definido pela Justiça como atos antidemocráticos.
A Primeira Turma concluiu o julgamento nesta segunda-feira (30). Prevaleceu o voto do relator, Alexandre de Moraes, que foi acompanhado integralmente pelos ministros Carmen Lúcia e o ministro Flávio Dino.O ministro Cristiano Zanin votou pela condenação a 15 anos de prisão. Luiz Fux também propôs uma pena diferente, de 11 anos e 6 meses.
“O réu admitiu que esteve no local dos fatos, mais especificamente no interior do Congresso Nacional, onde teria ingressado e subtraído uma bola de futebol autografada pelo jogador Neymar”, disse Moraes, no voto acompanhado pela maioria.
“A defesa alegou que o objeto foi retirado com o intuito de protegê-lo, mas, conforme argumenta o Parquet, a devolução da peça apenas 20 dias após os eventos descaracteriza essa justificativa e reforça o dolo na conduta, tratando-se, no máximo, de arrependimento posterior, sem relevância para fins de exclusão de ilicitude ou tipicidade”, prosseguiu.