
Após a cheia histórica do Rio Negro, de 30,2m este ano, 2022 pode ter outra enchente nas mesmas proporções porque o rio tem registrado uma súbita subida, depois do período de vazante.
A elevação do nível do rio começou no último sábado (6) e na terça-feira (9), já havia atingido 9 centímetros.
Em Novembro de 2020, a cota mínima marcada foi 16,61m. Em comparação com esse ano, o fenômeno da vazante foi interrompido com 19,44m. Em marcação feita em 8 de Novembro de 2021, o rio estava 2,87m maior em um comparativo com a mesma data de 2020.
De acordo com especialistas, a mudança no nível das águas está ligada ao Rio Solimões, que começou a encher no início do mês, no município de Tabatinga.
As cheias causam preocupação por conta dos transtornos que o avanço das águas. Neste ano, todo o centro de Manaus foi afetado, com mais de 13 mil metros de pontes e passarelas sendo construídos.
Apesar do avanço das águas em período antecipado, não é motivo de preocupação no momento. Quem afirma é Valderino Pereira, que é responsável pelo porto de Manaus a mais de meio século.
“Não é possível afirmar que o nível do rio será maior. Em outros anos o rio esteve maior nesse período, mas não se confirmou a cheia histórica. Ou seja, não existe uma ligação”, explicou ele.
Os especialistas costumam divulgar previsões acerca do nível final das águas no final de março.
As maiores cheias registradas no estado foram:
- 2021 – 30,02 m;
- 2012 – 29,97 m;
- 2009 – 29,77 m;
- 1953 – 29,69 m;
- 2015 – 29,66 m;
- 1976 – 29,61 m;
- 2014 – 29,50 m;
- 1989 – 29,42 m;
- 2019 – 29,42 m;
- 1922 – 29,35 m;
- 2013 – 29,33 m