Em janeiro, o país receberá 4,3 milhões de doses. Em fevereiro, outros 7,2 milhões. Por fim, em março o maior volume, 8,4 milhões.

O Ministério da Saúde apresentou nesta segunda-feira (10) o cronograma de recebimento de doses infantis contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.A campanha para crianças entre 5 e 11 anos está prevista para começar na segunda quinzena de janeiro.
Segundo previsão do ministério, em janeiro o país receberá 4,3 milhões de doses. Em fevereiro, outros 7,2 milhões. Por fim, em março, será entregue o maior volume: 8,4 milhões. Ao todo, de acordo com o planejamento do Ministério da Saúde, foram encomendadas mais de 20 milhões de vacinas pediátricas da Pfizer para esta etapa da imunização.
“Nós conseguimos antecipar com a Pfizer mais 600 mil doses da vacina pediátrica agora para o mês de janeiro. Então, serão 4,3 milhões de doses de vacinas”, informou o ministro, ao conversar com jornalistas na sede da pasta, em Brasília.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, em 16 de dezembro, a aplicação da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Contudo, somente em 5 de janeiro o governo apresentou um calendário para a campanha. Segundo a equipe técnica da agência, as informações avaliadas indicam que a vacina é segura e eficaz para o público infantil, conforme solicitado pela Pfizer e autorizado pela Anvisa.
A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de imunização e também por pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para receberem a aplicação do fármaco. Para os maiores de 12 anos, o imunizante, que será administrado em doses de 0,3 ml, terá tampa de cor roxa.
Polêmica
O presidente Jair Bolsonaro (PL) manifestou-se contra a vacinação infantil e defende a exigência de prescrição médica para a aplicação do imunizante em crianças. Na contramão, o Ministério da Saúde desistiu da exigência.
Nos último dias, o chefe do Executivo federal tem atacado a vacina e levantado suspeitas — infundadas — sobre a eficácia e a segurança do imunizante infantil. Anvisa e entidades médicas têm repudiado a atitude do presidente.
Pfizer antecipará 600 mil doses da vacina pediátrica contra a covid-19
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse hoje (10), ter conseguido antecipar 600 mil doses da vacina pediátrica contra a covid-19, produzidas pela empresa Pfizer. Ao defender a forma como o governo tem conduzido o combate à pandemia, Queiroga disse que a fabricação ou a importação de doses de vacina só podem ser feitas após a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Caso contrário, a situação configuraria crime sanitário, disse o ministro.
“Conseguimos antecipar com a Pfizer mais 600 mil doses da vacina pediátrica agora no mês de janeiro. Então serão 4,3 milhões de doses de vacina”, informou Queiroga nesta manhã ao passar pela portaria do ministério.
Segundo ele, o trâmite para aquisição e distribuição de vacinas no país é satisfatório, se comparado a outros países. “A indústria farmacêutica só pode deflagrar produção de doses após o aval da agência regulatória [Anvisa]. Então doses não aprovadas pela agência regulatória não podem adentrar no país, sob pena de caracterizar até mesmo crime sanitário”, argumentou o ministro.