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IBGE:Amazonas está no topo do ranking de falências de empresas

Estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que, em 2020, somente 13,3% das unidades locais de empresas do Amazonas seguiam ativas após 10 anos de existência.

O percentual é o segundo mais baixo entre todas as unidades da federação.

Na região Norte, a taxa de sobrevivência das unidades locais (endereços de atuação das empresas) em 10 anos era de 16,8%.

Após apenas um ano de existência, somente 62,3% das unidades locais sobreviveram no Estado, também o segundo menor índice entre as unidades federativas.

Os dados são do estudo conjunto da Demografia das empresas e empreendedorismo 2020, divulgado pelo IBGE na última quarta-feira.

“O estudo é importante porque permite analisar a dinâmica demográfica dessas entidades, por meio de seus eventos, de sua mobilidade e de sua sobrevivência. Compreendendo essa dinâmica, se pode criar medidas que permitam maior sobrevivência dos negócios”, explica o supervisor de disseminação de informações do IBGE no Amazonas, Adjalma Nogueira.

De acordo com o estudo, em 2020, havia 37.022 unidades locais de empresas ativas no Amazonas, que representavam 18,1% do total existente na Região Norte (204.664). No Estado, essas unidades empregavam 365,7 mil pessoas de forma assalariada, o equivalente a 24,3% do total ocupado assalariado na Região Norte (1.502,3 mil pessoas).

Considerando somente Manaus, eram 28.284 unidades locais, em 2020, empregando 339,7 pessoas de forma assalariada.

O salário médio mensal pago nas unidades locais de empresas ativas do Estado foi de R$ 2.258, enquanto na Região Norte como um todo, foi de R$ 2.058.

No Amazonas, a seção com maior salário médio mensal pago (em salários mínimos) foi a das indústrias extrativas (10,7), seguida pela de eletricidade e gás (8,6) e pela das atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (5,6).

Do total de unidades locais ativas, em 2020, 77,5% (28.675) eram sobreviventes; 22,5% correspondiam a entradas (8.347), das quais 80,7% referentes a nascimentos (6.735); e 19,3%, a reentradas (1.612). As que saíram do mercado totalizaram 6.005 unidades. 

Na comparação com os demais Estados da Região Norte, a taxa de entrada do Amazonas foi a 2ª maior, atrás do Pará, assim como a taxa de saída (16,2%).

A taxa de sobrevivência de unidades locais, no Amazonas (77,5%), foi também a 2ª menor da Região Norte, superior apenas a do Pará (77,1%).

Em 2010, as taxas de entradas (34,9%) e de saídas (19,6%) eram maiores, e a taxa de sobrevivência das unidades locais era menor (65,1%). E entre 2010 e 2020, o número de unidades locais ativas no Amazonas cresceu 13,9%, partindo de 31.866 para 37.022 unidades de empresas. Já o número de saídas diminuiu 8,0%, partindo de 7.161, em 2010, para 6.005, em 2020.

As unidades locais sobreviventes destacaram-se no percentual de pessoal assalariado (96,7% do total de ocupados nas unidades locais). As que entraram em atividade em 2020 tiveram participação de 3,22% no pessoal ocupado total, e as que saíram do mercado, por sua vez, representaram 2,08%.

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