
A prefeitura de Manaus iniciou ontem (15), por meio da Secretaria Municipal de Obras (Seminf), uma grande obra de contenção de uma erosão no Beco Aracuã, na comunidade Santa Inês, no bairro Jorge Teixeira, na zona Leste da cidade, que aumentou com as últimas chuvas.
Os engenheiros identificaram acúmulo excedente de lixo nos tubos da drenagem profunda que contribuiu para a abertura da erosão.
Desde novembro do ano passado que as equipes da Seminf realizam estudos topográficos na área para viabilizar uma intervenção estrutural.
“Desanelou um dos tubos da drenagem. Nós já havíamos feito o asfaltamento desta via e, hoje, por determinação do prefeito David Almeida, retomamos a atenção à comunidade para recompor o talude e implantar uma nova drenagem neste trecho”, disse o secretário de Obras, Renato Junior, que estipulou e 45 dias para finalizar os trabalhos no local.
Renato estima a implantação de pelo menos 10 metros de drenagem. “Entre 8 a 10 metros. Com isso, garantiremos que essa obra seja resolvida de forma definitiva, dando vida longa a esta drenagem aqui na comunidade Santa Inês. Nossos desafios são assim, todos os dias, em várias zonas da capital. Sabemos que ainda temos muito a fazer, mas muito temos feito para tentar mudar essa triste realidade”, afirma.
Morador da comunidade há cinco anos, Geofar do Nascimento conta que já enfrentou muitos problemas no bairro, mas que, agora, com as máquinas na porta de casa, se sente esperançoso.

Atenção total
Enquanto se reunia com o corpo técnico, o secretário da Seminf foi abordado por moradores, que solicitaram atenção às ruas do bairro.
“Ao lado dessa erosão temos duas ruas onde aplicaremos asfalto, pois o acesso está bem ruim. Os moradores pedem que a melhoria seja feita para que os ônibus voltem a acessar a via. Sabemos que moram crianças, pessoas que realmente precisam desse acesso. O prefeito David, supersensibilizado, pediu que façamos esse trabalho”, anunciou.
Erosões
Além dessa, outras 19 áreas de encosta, consideradas de risco pela Defesa Civil, recebem trabalhos de contenção. São projetos tipificados como de “grande porte”, que requerem tempo alongado para execução. Essas áreas fazem parte de 62 pontos mapeados pelas equipes da Seminf, como sendo alvos de grandes intervenções.
Os técnicos apontam o descarte incorreto de lixo como principal causa para o desmoronamento. Segundo Renato Junior, o poder público deve fazer e tem que fazer, porque é seu dever o papel de cuidar também dessas áreas, mas a população tem que fazer sua parte.
“Esse lixo uma hora se volta contra nós, em forma de desmoronamento, cria um grande bolsão de umidade de água e acaba, inclusive, trazendo até óbitos, a exemplo do que tivemos no ano passado. O lixo vai parar em um bueiro e esse bueiro desanela, como foi o que ocorreu aqui. Cada área tem sua peculiaridade, mas em uma cidade onde há coleta de lixo diariamente, não há de se aceitar que o lixo seja descartado de forma irregular”, alerta o secretário.


