
A forte chuva que atingiu Manaus nesta segunda-feira (20), deixou mais três casas sob o risco de desabamento à margem do igarapé Pará, bairro São José, Zona Leste da cidade.
Os moradores da rua Pitinga tiveram mais um dia de insegurança. A chuva que atingiu a cidade fez com que mais porções de terra levassem consigo partes de muros pela força da água, o que resultou em grave risco de desabamento de três casas que estão na margem direita do igarapé que atravessa o local.
O autônomo Aquino Moraes teme que a casa onde ele vive há 15 anos com mais seis familiares (incluindo crianças) seja mais uma a ficar sob o risco de desmoronar por causa da chuva. O site de meteorologia Climatempo registrou 410 milímetros de chuva na manhã de hoje, 131% da média esperada para todo o mês de maio.

“Já são 20 anos denunciando que essas margens aqui estão cedendo. O poder público não faz nada. A casa do vizinho aí na frente [do outro lado da margem do igarapé] só não caiu hoje porque ontem colocaram essa espécie de contenção de madeira aí” disse o morador.
Outros moradores do bairro afirmaram que há décadas eles denunciam a situação do igarapé quando ocorre fortes chuvas na cidade. Na sexta-feira da última semana, a ponte da rua pitinga ficou parcialmente destruída e um trecho da via desmoronou. O cenário é de tubulações quebradas, entulho e lixo no rastro de destruição que já deixou uma casa imprópria para moradia.
Resposta da Prefeitura
Na manhã desta segunda, a Secretaria Municipal de Infraestrutura desencadeou uma operação de emergência para acelerar as obras no local.
O titular da pasta, Renato Júnior, disse que desde a última sexta-feira o município atua com diversas ações para resolver o problema. Segundo Renato, 24 casas em situação de risco já foram identificadas pela Defesa Civil Municipal e as famílias devem receber o apoio da Secretaria de Assistência Social.
“As famílias foram e continuam sendo identificadas e a Defesa Civil vai seguir com os trâmites. Sobre a ponte, a determinação do prefeito David Almeida é celeridade então vamos reestabelecer o tráfego em até sete dias” explicou Renato Júnior.
O secretário respondeu que a prefeitura já sabia da situação delicada no local desde o último ano e que há 5 meses iniciou as obras de contenção no igarapé.
A parte do planejamento executada foi a construção de muros de arrimo em um trecho de 200 metros às margens do curso d’água, o projeto completo tem a extensão de 800 metros. A continuidade dessa obra foi prejudicada pela chuva da última sexta-feira


