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Protestos aumentam após reeleição de Maduro e registram mortes

Protestos contra reeleição de Maduro ocorrem em Caracas: "Entregue o poder"  | GZH

Os protestos contra a reeleição do presidente Nicolás Maduro deixaram pelo menos quatro pessoas mortas na Venezuela na segunda-feira (29). No entanto, ainda não há um consenso sobre o número exato de mortos no país. O jornal espanhol El Mundo relata que seis pessoas morreram. Além disso, mais de 40 pessoas foram detidas.

Após o anúncio da reeleição os protestos aumentaram no país, especialmente na capital Caracas, inclusive em bairros populares, algo inédito desde a ascensão do chavismo ao poder.

Em todo o país, foram registrados confrontos violentos entre manifestantes e forças de segurança, com relatos de pelo menos uma morte em conexão com as manifestações — um jornal espanhol El Pais cita sete óbitos. Mais protestos foram convocados pela oposição para esta terça-feira (30).

A contagem dos mortos em meio aos protestos que se espalharam pela Venezuela se tornou uma tarefa difícil diante da repressão das forças de segurança às manifestações.

A ONG Foro Penal relatou uma morte de uma pessoa no estado de Yaracuy. O jornal El País citou um morto em Zulia, enquanto o argentino La Nacion menciona uma vítima na cidade de Maracay, no estado de Aragua. O El Mundo citou fontes independentes para confirmar as mortes em Yaracuy, Zulia, Maracay e Caracas.

A oposição, liderada por María Corina Machado, denuncia uma fraude e disse ter “como provar a verdade” de que a eleição foi vencida por Edmundo González Uruttia no domingo. Machado explicou que, após ter acesso a cópias de 73% das atas da apuração, a projeção é de uma vitória da oposição com 6,27 milhões de votos, contra 2,75 milhões para Maduro.

A desconfiança em relação ao resultado anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) também foi exacerbada pela ausência de divulgação de todas as atas da eleição.

A Venezuela anunciou a suspensão, a partir desta quarta-feira (31), dos voos de e para Panamá e República Dominicana em rejeição à postura de seus governos. O Panamá cumpre a maioria dos voos que chegam à Venezuela, enquanto a República Dominicana é a principal conexão para os Estados Unidos.

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