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Médicos, SES e MPAM descartam em reunião risco de paralisação no 28 de agosto

Reunião ocorreu na sede do MPAM — Foto: Divulgação/MPAM

A reunião na manhã desta segunda-feira (23, na sede do Ministério Público do Amazonas (MPAM), entre a Secretária de Saúde do Amazonas (SES-AM) e os médicos do Instituto de Traumato-Ortopedia do Amazonas (ITO-AM), definiu pela continuidade normal do atendimento no Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, mas sem uma data para o pagamento das empresas médicas pelo Governo Amazonas, que não recebem desde setembro pelos serviços prestados.

A polêmica se arrsta desde que o governo estadual contratou recentemente a Organização Social de Saúde (OSS) Agir, de Goiânia, para a gestão do 28 de da maternidade Dona Lindu, chamado de ‘Complexo Hospitalar da Zona Sul (CHZS)’.

Segundo médicos das unidades, após a troca houve uma série de demissões sem aviso prévio, o que teria afetado, principalmente, o setor de ortopedia.

Além das demissões, os profissionais também reclamam de atrasos salariais por parte do Governo do Amazonas. A situação teria gerado uma insatisfação e troca de mensagens entre ortopedistas da ITO-AM no HPS 28 de Agosto sugerindo uma suspensão dos atendimentos, segundo informa o setor de inteligência do MPAM.

O governo estadual chegou a divulgar prontuários médicos de pacientes atendidos por ortopedistas com o tempo de atendimento, o que é considerado ilegal pelo presidente do Sinteal, médico Mário Vianna.

Na reunião, o presidente da ITO-AM, Fernando Abreu, garantiu que em nenhum momento houve uma recomendação para os profissionais paralisarem o trabalho e atribuiu as mensagens a insatisfação pessoal dos profissionais.

“Quando você está sem pagamento e existe um grupo, você tem a possibilidade de se manifestar e alguns que devem estar insatisfeitos com o Natal vindo, o Ano Novo, família, uma ceia, um presente de um filho. Eu já vi colega chorando porque não pode dar um presente para um filho”, se queixou.

Ele também afirmou que os profissionais do Instituto anteriormente dispensados estão dispostos a voltar ao trabalho no 28 de Agosto, mas que a Agir mantém contrato com uma empresa de Goiânia para a prestação dos serviços ortopédicos e que esse contrato tende a ser mantido.

“O Pronto-Socorro 28 de Agosto continua com as portas abertas. É um hospital que é da população do estado do Amazonas, é um hospital que mantém a sua qualidade e que vem atendendo e está organizado para o período de Natal e Ano Novo”, disse a secretária de Saúde, Nayara Maksoud, ao sair da reunião, sem indicar quando vai pagar os atrasados para as empresas médicas.

A promotora Luissandra Chíxaro, que conduziu a reunião entre os representantes do Estado e médicos, disse que o MPAM atuou com conciliador com relação ao impasse, mas informou que as partes foram advertidas sobre caso o serviço fosse paralisado e as sanções cíveis e criminais.

“Houve uma conversação, houve uma expedição de recomendação a eles, ao estado, a secretaria, as empresas médicas, no sentido de que não pode haver paralisação, descontinuidade da prestação de serviço à saúde sob pena de incorrerem as responsabilidades legais cabidas as peças”

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