Retirados da invasão Monte Horebe, na zona norte de Manaus, no dia 2 de março de 2020, os invasores custaram R$ 60 milhões em auxílio-aluguel nos últimos quatro anos pagos pelo Governo do Amazonas. O valor mensal do auxílio é de R$ 600 para, atualmente, 1,5 mil famílias. Inicialmente, eram 2,5 mil.
O governo estuda solução de moradia definitiva com base no perfil das famílias. Nesse caso, é necessário atualizar o cadastro dos beneficiários do auxílio-aluguel que ainda não ocorreu. A conclusão para o problema será definida entre o governo e a DPE (Defensoria Pública do Estado do Amazonas), que representa juridicamente às famílias.
Nesta sexta-feira (31), representantes da Suhab (Superintendência Estadual de Habitação), da Sedurb (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano), da UGPE (Unidade Gestora de Projetos Especiais), das secretarias de de Assistência Social (Seas) e de Justiça Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), se reuniram para debater a situação.
A primeira medida é a criação da Câmara de Mediação e Conciliação para analisar propostas. “Vamos analisar o perfil socioeconômico dos beneficiários e as soluções de moradia serão definidas em comum acordo entre as partes por meio da Câmara de Mediação e Conciliação”, disse Marcellus Campêlo, secretário de Desenvolvimento Urbano.
A desocupação do terreno, uma área de mata nativa que foi desmatada pelos invasores, é vizinha à Reserva Adolph Duke, uma área de floresta de proteção ambiental sob comando do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), para estudos sobre a flora amazônica.
Segundo o defensor público Carlos Almeida Filho, o Monte Horebe surgiu da reintegração de posse da Cidade das Luzes (outra ocupação irregular), que não teve o cuidado com as famílias que não tinham para onde ir e gerou outras invasões.