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Amazonas registra níveis dos rios mais altos que em 2024

Rios do Amazonas já superam os níveis registrados no mesmo período do ano passado.

O nível dos rios no Amazonas já ultrapassa as marcas registradas no mesmo período de 2024. Segundo o mais recente Boletim Hidroclimático Sazonal do Amazonas, divulgado pelo Laboratório de Modelagem do Sistema Climático Terrestre (LABCLIM/UEA), os principais rios da região seguem em elevação, impulsionados por chuvas acima da média na bacia amazônica.

O cenário reflete uma cheia mais intensa do que a do ano passado, com níveis significativamente superiores em diversos pontos de medição.

O Rio Negro, em Manaus, atingiu 24,91 metros no dia 11 de março, registrando uma elevação de 2,19 metros a mais que no mesmo período de 2024, quando estava em 22,72 metros.

O Rio Solimões, em Tabatinga, alcançou 10,91 metros, apresentando um aumento de 0,92 metros em relação ao ano passado. Já o Rio Amazonas, em Itacoatiara, chegou a 11,21 metros, 2,01 metros acima do nível de março de 2024​.

A tendência de cheia também foi observada em outros importantes afluentes. O Rio Purus, em Beruri, subiu 1 metro em relação ao ano anterior, atingindo 16,72 metros. No Rio Madeira, em Humaitá, a elevação foi de 1,34 metros, chegando a 22,77 metros​.

O boletim aponta que a elevação dos rios está diretamente ligada às chuvas acima da média registradas na bacia Amazônica nos últimos meses.

Fenômeno La Niña

O fenômeno La Niña, embora enfraquecido, ainda influencia a circulação atmosférica, intensificando a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) – sistema responsável por grande parte das precipitações na região.

A previsão para os meses de março, abril e maio indica que as chuvas devem continuar intensas na porção central-norte e oeste da bacia Amazônica, mantendo os níveis dos rios elevados.

Em contrapartida, a região sudeste da Amazônia, incluindo áreas do Mato Grosso, pode registrar precipitação abaixo da média​.

O prognóstico hidrológico sugere que a tendência de elevação dos rios deve se manter até o início de abril, com possíveis oscilações nos níveis.

Em cidades como Porto Velho, Manicoré e Humaitá, os níveis podem se aproximar das cotas de alerta antes do início do período de vazante, previsto para a segunda quinzena de abril​.

O aumento dos rios traz impactos para diversos setores, como navegação, agricultura e comunidades ribeirinhas, que podem enfrentar desafios logísticos e riscos associados às enchentes.

O monitoramento hidrológico seguirá sendo fundamental para prever eventuais impactos e auxiliar na tomada de decisões estratégicas na região.

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