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Ações da Petrobras fecham a R$31,45; maior da história

A ação preferencial da Petrobras fechou o dia na maior cotação da história da companhia, a R$31,45, superando também sua máxima histórica no intradiário, a R$31,60, impactada pela alta do petróleo, expectativa de pagamento de dividendos e valor atrativo do papel, disseram à Mover agentes financeiros.

A estatal alcançou hoje o valor de mercado de R$433,4 bilhões*, segundo a Economatica, com papéis preferenciais encerrando em alta de 3,73%, acumulando 31,94% de valorização nos últimos 12 meses.

Contudo, esta não é a maior capitalização de mercado da estatal, que em 21 de maio de 2008 alcançou a faixa de R$500 bilhões, considerando o diferencial de preço para as ADRs, recibos de ações da companhia negociados em Nova York.

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Ebitda e dividendos da Petrobras

Na tarde desta sexta-feira, o JP Morgan publicou um relatório sobre a companhia prevendo Ebitda, lucro operacional,  de US$40,1 bilhões em 2022, além do pagamento de US$10,8 bilhões em dividendos no ano.

“Reiteramos recomendação de compra da Petrobras, dada a forte geração de caixa livre, valor descontado e aumento da relevância da produção do pré-sal de baixo custo em seu mix”, afirmou o time do banco, atribuindo preço-alvo das ações ordinárias e preferenciais em R$42,50.

Agentes do mercado corroboram a opinião do JP Morgan. O gestor de renda variável da AF Invest, Leandro Salida, disse à Mover que nunca viu a Petrobras negociar a um múltiplo tão barato.

“A companhia vale hoje cerca de 2,4 vezes Enterprise Value sobre Ebitda, isto é, a soma do valor de mercado e a dívida líquida da empresa em relação ao seu potencial de geração de caixa”, completou, lembrando, também, que a Petrobras vive um bom momento operacional.

Preços do petróleo

O atual preço do petróleo no patamar de US$85 por barril também torna o cenário favorável ao desempenho das ações. O contribuidor do TC André Almeida disse que as atuais condições permitem que a Petrobras mantenha o processo de desalavancagem, ao mesmo tempo em que paga dividendos.

O cenário, no entanto, também apresenta riscos. “O ano eleitoral e a recente discussão sobre o congelamento do ICMS podem mexer com a cotação do papel”, disse à Mover o contribuidor do TC, Israel Massa. Ele explica que, independentemente da alteração da política de preços da Petrobras, a alta nos combustíveis pode trazer ruídos que afetam negativamente as cotações da empresa na bolsa.

Desempenho das ações da Petrobras

As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) sobem 11,60% na semana e 10,54% em janeiro. Desde a apresentação do plano estratégico 2022-2026 em Nova York, no final do ano passado, a empresa tem sido alvo de compra de investidores estrangeiros, segundo agentes consultados pela Mover.

Fonte: TC.com

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