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Se uma imagem vale por mil palavras, as de hoje, que mostram Lula sentado isolado na mesa do Grupo dos Países mais ricos, o G7, enquanto outros chefes de estado levantavam para cumprimentar o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. A cena mostra o desinteresse explicito do brasileiro em se envolver no conflito e de que lado da guerra ele realmente está.
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, sentado ao lado de Lula, levantou e foi cumprimentar Zelensky, enquanto o petista ficou de cabeça baixa mexendo em papéis em cima da mesa, de frente para o líder ucraniano, que no final do encontro agradeceu o apoio de todos os chefes de estado presentes, sem citá-lo (veja o vídeo abaixo).
Durante entrevista coletiva, Lula disse a jornalistas que Zelensky, atrasou-se e não apareceu para o encontro supostamente marcado por ele, às 15h15, do domingo (21),
A agenda com os compromissos de Lula enviada a jornalistas pela manhã mostra, contudo, que no horário citado pelo petista, havia uma reunião bilateral com o primeiro-ministro do Vietnã, e não com Zelensky.
“Nós esperamos, e aí ficamos recebendo a informação que eles tinham atrasado”, disse Lula a jornalistas, depois de uma reunião do G7, em Hiroshima.
“Enquanto isso, atendi o presidente do Vietnã, e, quando o presidente do Vietnã foi embora, a Ucrânia não apareceu, certamente teve outro compromisso, não pôde vir aqui. Foi simplesmente isso que aconteceu.”
Lula disse continuar na mesma posição no que diz respeito ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia. “Estou tentando, com outros países, como Índia, China e Indonésia, construir um bloco pela paz no mundo”, garantiu. “O mundo não precisa de guerra, precisa de paz.”
Pouco antes da declaração de Lula, jornalistas perguntaram a Zelensky se ele havia ficado decepcionado pela reunião não ter ocorrido. “Eu acho que Lula ficou decepcionado”, respondeu o presidente da Ucrânia, ironicamente.
