O estado com a maior proporção de pobres foi o Maranhão, com 57,9%

A pesquisa do Mapa da Nova Pobreza, do FGV Social (Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas) aponta que o Amazonas é o segundo estado com maior índice de pobreza do país, com 51%, média maior que a nacional, que é de 30%. Em primeiro lugar está o estado do Maranhão com 57,9%.
O número de pessoas com renda domiciliar per capita até R$ 497 mensais atingiu 62,9 milhões de brasileiros em 2021, cerca de 29,6% da população total do país. Segundo a pesquisa , são 9,6 milhões de pobres a mais que no período pré-pandemia, em 2019, o que equivale quase à população de Portugal.
Os dados da pesquisa mostram também que a pobreza nunca esteve tão alta no Brasil quanto em 2021, desde o começo da série histórica, em 2012, quando o índice atingia 27,36% da população. O estudo traz ainda a composição geográfica da pobreza para localizar os estoques e os fluxos de pobreza no território brasileiro.
O estado com a menor taxa de pobreza em 2021 foi Santa Catarina, com 10,16% da população, e o com a maior proporção de pobres foi o Maranhão, com 57,9%. Considerando o segmento de 146 estratos espaciais, aquele com maior pobreza em 2021 é o Litoral e Baixada Maranhense, com 72,59%, já a menor pobreza está no município de Florianópolis, com 5,7%.
Já a mudança da pobreza de 2019 a 2021 por unidade da federação em pontos percentuais na pandemia revela que o maior incremento se deu em Pernambuco (8,14 pontos percentuais), e as únicas quedas de pobreza no período foram observadas em Tocantins (0,95 ponto percentual) e Piauí (0,03 ponto percentuail).
O levantamento avalia o nível e a evolução da pobreza durante os anos de pandemia de Covid no Brasil, com base nos dados da Pnad Contínua anual (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).