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Amigo de padre pedófilo é procurado no Amazonas por cumplicidade; mais três vítimas denunciam religioso

A polícia apreendeu R$ 30 mil em espécie no quarto do padre, 260 vídeos de cenas de sexos com adolescentes no celular, além do notebook do sacerdote.

Francisco Rayner Barros, de 34 anos, está sendo procurado pela polícia suspeito de ajudar o padre Paulo Araújo da Silva, de 31, nos abusos cometidos contra uma adolescente de 17 anos no município de Coari, no interior do Amazonas.

A vítima era abusada desde os 14 anos e em 2023, quando tinha 17 anos, ela engravidou do padre Paulo. Além de filmar o sexo explícito que tinha com a menor, o líder religioso ainda a obrigou a fazer um aborto.

“Francisco, que o amigo do padre, levou o medicamento Misoprostol que ela foi obrigada a ingerir provocando o aborto. O feto foi expelido e na casa do Francisco, no quintal da casa, ele enterrou o feto. O fato foi constatado tanto por foto como pelo depoimento da vítima”, disse o delegado.

Quem tiver informações sobre o paradeiro de Francisco pode entrar com contato pelo 181 da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM).

O crime

Até o momento, quatro adolescentes foram identificadas como vítimas do padre Paulo Araújo da Silva, 31, e mais de 260 mídias de sexo explícito do sacerdote com essas meninas, segundo delegado José Barradas, titular da Delegacia Interativa de Políicia (DIP) de Coari. Ele foi preso nesse fim de semana no mesmo município.

Durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (19), a polícia informou que as investigações iniciaram após o envio de vídeos por denúncia anônima,

relatando sobre os crimes de estupro de vulnerável, em especial o de uma jovem de 17 anos.

O modus operandi do padre, não só com a adolescente de 17 anos, como com as outras três vítimas já identificadas, todas com envolvimento na paróquia que o padre atuava,

era o mesmo de qualquer outro abusador: ele se utilizava da violência psicológica e ameaças para que as vítimas não

o denunciassem e nem que deixassem o relacionamento sexual com ele.

“As vítimas falavam que elas não queriam mais ficar com ele, era quando ele começava a dizer ‘Você é minha, você me pertence. Se não ficar comigo não ficará com mais ninguém’. Possivelmente, esse número de vítimas ainda pode aumentar com a sua prisão”, explicou o delegado.

A prisão foi feita na própria paróquia que o padre Paulo congregava. No momento do cumprimento do mandado, foram apreendidos R$ 30 mil. O padre estava na cama com uma jovem que recentemente completou 18 anos, uma outra vítima dele, além das mais 260 mídias de sexo do padre com menores de idade.

“Toda vez que o padre tinha relação, ele gravava os vídeos e armazenava em seu celular, que também foi apreendido, assim como o notebook, que também passará por perícia”, finalizou o delegado Barradas.

O delegado-adjunto da Polícia Civil, Guilherme Torres, enfatizou na coltiva que o crime foi um caso isolado e que é importante que isso não seja ligada à religião.

“Enfatizamos que a Igreja Católica nos ajudou e muito durante as investigações, deixando isso em mais absoluto sigilo, para que o padre não desconfiasse e tentasse fugir. Por isso o nosso agradecimento pela ajuda”, afirmou.

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