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Ataque de Lula a Moro irrita PF; auxiliares veem erro

O ataque feito pelo presidente Lula ao senador Sergio Moro (União Brasil-RJ) nesta quinta-feira (23/3) irritou profundamente integrantes da Polícia Federal.

Em entrevista à imprensa no Rio de Janeiro na manhã desta quinta-feira (23), o petista afirmou ser uma “visível armação” do ex-juiz o plano do PCC para atacar Moro descrito pela PF e pelo Ministério Público de São Paulo.

Para delegados federais a fala de Lula levantou suspeitas sobre o trabalho realizado pela PF dentro do seu próprio, além de colocar em xeque o Ministério da Justiça do governo.

A avaliação dos delegados é compartilhada por alguns ministros e auxiliares presidenciais. O cálculo é de que, com o ataque a Moro, Lula também descredencia o Ministério da Justiça.

Nas últimas horas, o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, elogiou publicamente o trabalho da Polícia Federal, que está subordinada a sua pasta.

“O que fizemos foi, cumprindo a lei, proteger a vida de nosso adversário. Se nós não tivéssemos agido, aí, sim, teria sido uma ilação. Mas a Polícia Federal agiu de modo exemplar”, disse Dino.

“Palanque”

Na avaliação de auxiliares, Lula erra ao atacar Moro. O cálculo é de que o presidente ajuda a dar “palanque” para o ex-juiz da Lava Jato, contribuindo para ele “se vitimizar ainda mais”.

Aliados de Moro avaliam que a operação da PF contra o PCC trouxe dividendos políticos para o senador.

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