A disputa pelo cinturão da categoria peso meio-médio movimenta o município de Autazes (distante 112 km de Manaus), que sedia no dia 26 de janeiro deste ano o Autazes Fight Night (AFN) na quadra da escola Maria Emilia GM3, na rua Joaquim Augusto Queiróz. A luta principal do evento será entre o brasileiro natural do Amazonas, João Aquino, e o venezuelano Wilmer Nogueira, que duelam na categoria até 77 kg.
Além do duelo mais esperado da noite, o card principal ainda terá lutas entre os atletas Cristino Marques e Lucas Moraes (até 61 kg), Carlos Pramuk e Zaquel Rocha (até 57 kg) e Wiverton Carvelho e Willian BadBoy (até 57 kg).
De acordo com um dos organizadores do evento, o treinador José Ribeiro, de 47 anos, conhecido como “Bokão”, o evento é uma vitrine de exposição para revelar novos nomes do MMA no Amazonas e no Brasil. “A maioria dos atletas que disputam hoje o evento foram formados pelo projeto social “Lutadores de Cristo”, que no próximo dia 7 de fevereiro completa dez anos de fundação”, conta ele.
Bokão ressalta que o amazonense que disputará o cinturão no AFN é fruto do “Lutadores de Cristo”. “A gente faz um trabalho de inclusão social, onde cobramos disciplina e melhoria em notas escolares. O projeto já formou campeões, tanto em torneiros mundiais quanto em brasileiros, amazonenses e, inclusive, o das Américas de Jiu-Jitsu. O João Aquino, que é conhecido como “Vaca”, treina na academia Nova União, com o professor Mário Pontes, que também já treinou o José Aldo. O cinturão em jogo não tem dono”, destaca.
O venezuelano, conforme conta Bokão, treina no time do Carioca. “Ele conta com o apoio de um mestre que já treinou atletas para o UFC, e vai pegar um prata da casa, o “Vaca”.
Card Preliminar
Jhonatan Ticono e David Bryan (até 57 kg), Marcos António e Tito Martins (até 61kg), Rodrigo Martins e Otaniran (até 61kg), Jander Silva e Janderson (57kg), Emanuel Nery e Wanderson Freitas (Até 52kg) e Wanderson Stronda e Herilson leite (até 70kg).
Projeto
Bokão conta que há 10 anos, quando iniciou o projeto em Autazes, cobrou uma taxa mensal equivalente a 1 kg de alimento não perecível por cada aluno, porém a ideia não vingou.
“O alimento, a cada mês, iria contemplar um aluno do projeto que estivesse precisando de ajuda. Por que muitos que estão no esporte são de famílias carentes e passam por necessidade financeira, inclusive não têm alimento em casa. O objetivo inicial era contemplar um atleta por mês com uma cesta básica, mas isso não rolou. Desisti da ideia quando fui parado pela mãe de quatro alunos do projeto que justificou que os 4 kg de alimentos, então isso me comoveu e eu decidi cancelar a taxa”, conta o treinador.