País africano foi atingido por ciclone em março deste ano.
Dois bombeiros do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBM-AM) foram enviados na semana passada para uma Missão de Ajuda Humanitária em Moçambique. O 2º Sargento BM Samuel Souza da Silva e o Cabo BM Marcus Vinícius Chaves de Freitas atuam no país africano, atingido por um ciclone em março deste ano.
Destacado desde o dia 29 de março para o país africano, o 2º Sargento Samuel conta a sua experiência na missão no continente africano.
“Viemos para realizar busca, salvamento e resgate de vítimas da catástrofe, mas também estamos trabalhando com a distribuição de remédios, alimentos e construção de abrigos temporários para as famílias atingidas. Muitas estradas ainda estão intrafegáveis, há muitas árvores caídas. Estamos desobstruindo essas vias e auxiliando na construção de novas pontes”, relatou o militar.
Outra missão dos militares é chegar a comunidades que estão sem acesso a suprimentos básicos.
“Existem comunidades cujo acesso é somente por via aérea. Nessas, estamos fazendo a distribuição dos remédios e realizando atendimento aos doentes e feridos. Muitos estão desabrigados e se refugiaram nos colégios e em outras estruturas que resistiram ao ciclone. Aqui, até a comunicação por telefone está complicada devido ao desastre”, disse o 2º Sargento BM Samuel.
Outras missões
O cabo BM Marcus Vinícius atuou nas operações de busca e resgate em Brumadinho (MG) e está a serviço do Governo Federal desde março de 2018. Já o 2º Sargento Samuel Souza da Silva acumula experiências em missões internacionais como Jogos Pan-americanos e Parapan-americanos Rio 2007, Copa das Confederações FIFA 2013, Copa do Mundo FIFA 2014, Olimpíadas e Paraolimpíadas Rio 2016.
Estragos
O Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) de Moçambique comunicou na quinta-feira (4) que o número de mortos em razão da tempestade tropical é, até o momento, de 598. O total de feridos é de 1.641.
A quantidade de pessoas afetadas chegou a 1,416 milhão, o que corresponde a 283 mil famílias. As pessoas nessas condições são as que perderam as casas, precisam de alimentos ou de algum tipo de assistência.
Segundo o INGC, mais de 129 mil pessoas estão acomodadas em 129 centros de abrigo. O número de casas totalmente destruídas é de 97 mil, enquanto 103 mil foram parcialmente destruídas e 15.784 inundadas.