
Um estudo da organização Agenda Pública, em parceria com a Fundação Grupo Volkswagen, revelou que o Brasil tem potencial para criar sete milhões de empregos verdes até 2030 e 15 milhões até 2050.
O levantamento mostra que a transição para uma economia de baixo carbono pode impulsionar setores estratégicos como energias renováveis, bioeconomia, mobilidade sustentável e economia circular.
As conclusões indicam que, se bem planejada, essa mudança pode promover inclusão produtiva e mobilidade social, reduzindo desigualdades históricas no país.
Descarbonização e inclusão social
O estudo também analisa os impactos da descarbonização e da transformação digital no mercado de trabalho brasileiro, propondo medidas que fortaleçam a capacidade dos municípios de se adaptar a esse novo cenário.
Os pesquisadores criaram dois indicadores: Vulnerabilidade Socioeconômica e Capacidade Adaptativa, que classificam os municípios em quatro perfis — resiliente, emergente, em atenção e crítico.
Essa análise ajuda a identificar onde é preciso agir com prioridade e quais regiões exigem estratégias personalizadas de transição.
A pesquisa destaca ainda que a governança participativa e a qualificação de jovens em situação de vulnerabilidade são pontos urgentes.
Segundo o levantamento, 42% dos jovens negros entre 18 e 24 anos estão fora da escola ou do ensino superior, contra 22% entre os jovens brancos.
Os autores defendem que, para o país avançar em direção a uma economia verde, é necessário unir sustentabilidade e justiça social — garantindo que o progresso ambiental venha acompanhado de oportunidades reais para todos.


