Audiência entra em seu terceiro dia. Também devem ser ouvidos hoje, algumas testemunhas de defesa que ficaram pendentes
O crime ocorreu em setembro de 2019 e têm como réus José Edvandro Martins de Souza Júnior, Mayc Vinícius Teixeira Parede, Alejandro Molina Valeiko e Paola Molina Valeiko – filhos da ex-primeira dama de Manaus, Elizabeth Valeiko – e Elizeu da Paz de Souza. A audiência ocorre presencialmente.
No primeiro dia, o sobrevivente Elielton Magno de Menezes e outras seis testemunhas de acusação foram interrogadas. A oitiva de Elielton foi por vídeo chamada. O Ministério Público listou oito pessoas para o primeiro dia, mas apenas seis compareceram.
Na quarta-feira, segundo dia de audiência, 14 testemunhas de defesa foram ouvidas. Segundo o promotor, ainda ficaram pendentes algumas testemunhas que não foram localizadas pelo juízo e que foram objeto de requerimento de uma dilação de prazo por parte da defesa técnica de um dos réus para que consigam a localização do endereço dessas pessoas.
Segundo o Ministério Público, o síndico do condomínio foi ouvido como testemunha. O depoimento dele trouxe informações importantes das pessoas que compareceram ao local.
“O síndico confirmou a pessoa de várias pessoas importante, se referiu a primeira dama com certeza, o ex-prefeito eu não tenho certeza, mas surgiu outras testemunhas dizendo que ele esteve no local por um breve momento, mas quero deixar bem claro que o ex-prefeito não é alvo de investigação do Ministério Público”, disse o promotor Marcelo Augusto de Almeida.
Os réus só serão interrogados na semana que vem, em data a ser definida.
Relembre o crime
O homicídio do engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos ocorreu no dia 29 de setembro de 2019, após uma festa na casa de Alejandro Molina Valeiko, filho da primeira dama, Elizabeth Valeiko. Segundo a polícia, os amigos estavam na casa de Alejandro Valeiko bebendo e usando drogas.
De repente, começou uma discussão, seguida de agressões com facas. O engenheiro Flávio dos Santos foi esfaqueado e morreu.
Ainda de acordo com a polícia, Santos foi encontrado morto no bairro Tarumã, no dia seguinte. O local onde estava o corpo fica próximo à casa de Alejandro.
De acordo com as investigações, o policial militar Elizeu da Paz de Souza, que estava lotado na Casa Militar da Prefeitura de Manaus e seria segurança de Alejandro, estava dirigindo um carro alugado da Prefeitura. A polícia diz que o PM Elizeu de Souza foi até o condomínio, colocou o corpo no carro da Prefeitura de Manaus e saiu do local da festa.
Lutador de MMA, Mayc Parede confessou sua participação no crime ao ser preso em 2019, alegando ser o culpado pelas facadas desferidas na vítima. Ele aparece em vídeos de segurança dando entrada no condomínio onde ocorreu o crime.