
O mês de setembro terminou com o preço da carne bovina quase 3% mais alto, impactando o orçamento dos consumidores em Manaus. Segundo um levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, os cortes que mais aumentaram foram contra filé, patinho e costela.
Na Feira da Manaus Moderna, o quilo do contrafilé está custando R$ 45, o patinho, R$ 38, e a costela, R$ 20. Já a agulha, um dos cortes mais procurados, subiu para R$ 25 o quilo.
Segundo o professor de economia rural Guilherme Legnani, a seca dos rios foi um dos fatores que contribuíram para a alta no preço das carnes, afetando diretamente os consumidores – aliada a ameaça de desabastecimento de peixes na região – outra culpa vem com a baixa exportação bovina.
A pior estiagem enfrentada pelo Amazonas nos últimos anos ameaça o abastecimento de peixe na região de Manaus, capital do Amazonas onde vivem cerca de mais de 2 milhões de pessoas.
De acordo com a Federação de Pescadores do Amazonas (Fepesca-AM) a seca deve ocasionar a escassez de peixe nas feiras e mercados de Manaus ainda em 2024. Os impactos já são sentidos no bolso de quem compra e de quem depende da venda do animal para sobreviver.
“Saímos de um período muito severo de seca, o que afetou grande parte da pecuária nacional. Paralelamente a isso, nós tivemos um aumento das exportações da carne bovina. Grande parte dos países tiveram uma baixa da carne bovina e o Brasil continuou sendo um grande exportador. Isso pode continuar até o final do ano”, disse.
A carne é uma importante fonte de proteínas na alimentação, mas, para aqueles que desejam reduzir o consumo devido aos preços, existem alternativas de substituição, conforme destaca o nutricionista Reinaldo Vasquez.
“Pode comprar o fígado, que é muito em conta e também muito proteico. Frango, no geral, como peito, coxa, sobrecoxa, além de peixes da região em si, como o pacu, aruanã, a sardinha, tambaqui e até o bodó também, para quem gosta”, sugeriu o nutricionista.