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Multivacinação tenta evitar pólio, febre amarela e difteria em Manaus

A Prefeitura de Manaus está convocando a população para participar da Campanha Nacional de Multivacinação diante da confirmação de novos casos de doenças graves, e imunopreveníveis, em áreas próximas da fronteira do Amazonas como Venezuela e na divisa com Peru e Colômbia.

Casos de difteria foram diagnosticadas recentemente no município de Sifontes, na Venezuela, país que tem uma intensa migração terrestre para Boa Vista, em Roraima, e Manaus pela rodovia BR-174. Desde 2004, o Amazonas registrou apenas dois casos de difteria, sendo o último em 2010, e febre amarela desde 2001.

Outro sinal de alerta monitorado pela Semsa é o caso de febre amarela confirmado recentemente na cidade de Maraã, distante 640 quilômetros de Manaus, na região da tríplice fronteira com Colômbia e Peru, onde foi registrado um caso de poliomielite a 500 km de Tabatinga (AM).

A prevenção de poliomielite no Alto Solimões ocorre nos municípios de Tabatinga, Atalaia do Norte e Benjamin Constant.

A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) faz a vacinação em 171 salas na capital amazonense. A secretaria reforça que a imunização é uma das formas mais eficazes de impedir a reintrodução de doenças já erradicadas ou controladas na cidade.

Os últimos casos de poliomielite registrados em Manaus foram em 1988, e no ano seguinte foi quando o país registrou o último caso da doença, mas esse cenário mudou bastante nos últimos seis anos, quando a cobertura vacinal ficou abaixo da meta, o que significa que as pessoas estão vulneráveis para contrair a doença, que deixa sequelas permanentes, se entrarem em contato com o vírus.

“Também precisamos destacar que a nossa região está passando pelo período sazonal de algumas doenças, incluindo a influenza e meningite, que são imunopreveníveis. Então é muito importante que as pessoas, principalmente crianças, estejam com todo o cartão de vacinação atualizado, pois todas essas doenças podem desenvolver formas severas, e a única forma de prevenção é com a vacina”, diz a secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe Shádia.

Em relação ao sarampo, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) emitiu um alerta para os países das Américas atualizarem seus planos de resposta, com intuito de impedir o retorno da transmissão endêmica do vírus.

Sem casos confirmados durante 20 anos, Manaus sofreu um surto de sarampo em 2018, com 7,1 mil casos, com casos zerados desde 2021.

Campanha

A titular da Semsa pontua que a campanha de multivacinação é voltada às crianças e aos adolescentes de até 14 anos de idade, e será executada até o dia 25 deste mês.

Ao buscar uma sala de vacina, os responsáveis precisam apresentar os seguintes documentos dos jovens: documento oficial de identificação, CPF ou Cartão Nacional de Saúde (CNS) e a caderneta de vacinação.

“O Programa Nacional de Imunização (PNI) preconiza 18 vacinas no calendário básico, e todas elas estão disponíveis em nossas unidades de saúde. Os pais precisam buscar a unidade para que nossas equipes façam uma avaliação do cartão vacinal daquela criança ou adolescente, e verifiquem qual imunizante precisa ser atualizado.

Todos os dias temos unidades funcionando justamente para facilitar o acesso de todos e para que nossa cobertura vacinal volte a ser um exemplo para o restante do país”, conta.

A lista com os endereços e horários de funcionamento das unidades incluídas na campanha pode ser conferida no link bit.ly/salasdevacinamanaus.

Mais detalhes sobre a campanha de multivacinação podem ser acessados no site semsa.manaus.am.gov.br ou nas redes sociais da secretaria, no perfil @semsamanaus no Instagram e Semsa Manaus no Facebook.

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