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Covid: SC tem protocolo para escolher prioridade em vaga de UTI

Com hospitais lotados, o estado cria medidas para evitar uma crise. Pacientes em fila de espera, vão receber tratamento paliativo

Secretaria de Saúde de SC adota novos critérios de triagem aos pacientes com covid-19

Há mais de um mês com hospitais completamente lotados, a Secretaria de Saúde de Santa Catarina decidiu adotar um protocolo de triagem para decidir quais pacientes com covid-19 que aguardam na fila de UTI serão transferidos e quais vão receber um tratamento paliativo. A expectativa é de que a decisão possa ser seguida nos próximos dias por outras secretarias de saúde, diante da crise.

Santa Catarina vai seguir os critérios da AMIB (Associação de Medicina Intensiva Brasileira), da Associação Brasileira de Medicina de Emergência, da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia e da Academia Nacional de Cuidados Paliativos.

As entidades lançaram em maio de 2020 uma lista de recomendações sobre como alocar os recursos a fim de salvar o maior número de vidas, caso fosse necessário fazer escolhas em um momento de esgotamento do sistema.

Na última sexta-feira (26), os CONASS (Conselhos de Secretários de Saúde Estaduais ) e CONASEMS (Conselhos de Secretários de Saúde Municipais) se reuniram para discutir o problema e viram uma apresentação do protocolo pela médica intensivista Lara Kretzer, primeira autora do documento da Amib.

“Recomendamos que as decisões sejam transparentes, com base em critérios elaborados por quem tem expertise técnica e que também passaram por escrutínio de juristas e profissionais de bioética” explica Lara.

A ideia é que todos estejam sujeitos aos mesmos critérios, de modo a evitar inconsistência ou perda de credibilidade. O protocolo foi enviado aos intensivistas do País, mas o momento pede a adoção pelo poder público. “A gente precisa compartilhar o peso dessa decisão.

Critérios

“O nosso objetivo é sempre salvar o maior número de vidas. A base da pirâmide é reduzir a transmissão com as medidas de higiene, máscara, distanciamento com rigor dependendo da fase da pandemia.

Depois vem ampliar a oferta de leitos, as medidas de contingência. Mas quando isso tudo é superado, como é o caso agora, é preciso acionar a triagem. A gente esperava nunca ter de usar esse protocolo”, afirma.

Fonte: R7.com

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