Em 2023, o Amazonas registrou um investimento médio de R$ 9,9 mil por aluno na educação básica, um dos menores entre os estados brasileiros.
A cifra, que revela os desafios da educação na região, está detalhada no Anuário Brasileiro da Educação Básica 2024, divulgado por meio do programa Todos Pela Educação, Fundação Santillana e Editora Moderna.
Na região Norte, Roraima liderou com R$ 15,4 mil investidos por estudante, enquanto o Amazonas ficou na faixa inferior, acentuando a necessidade de políticas redistributivas no financiamento educacional.
O custo por aluno no Brasil
No âmbito nacional, o custo anual por aluno na educação básica chegou a R$ 12,5 mil em média, com variações entre os estados.
No cenário nacional, o Brasil obteve em 2022 um avanço expressivo, com R$ 490 bilhões destinados à educação pública, o que representou um aumento de 23% em relação ao ano anterior, o maior crescimento em uma década.
As despesas educacionais, que incluem os investimentos da União, estados e municípios, cresceram apenas 8% entre 2013 e 2022, mas, com a atualização do Fundeb e o aumento da arrecadação, o setor vivenciou em 2022 uma expansão significativa.
O crescimento das despesas em educação foi impulsionado, principalmente, pelo Novo Fundeb, que elevou progressivamente os repasses da União.
Ivan Gontijo, gerente de Políticas Educacionais do Todos Pela Educação, destacou que, apesar do avanço, o investimento médio brasileiro por aluno continua abaixo do patamar de países mais desenvolvidos. Em 2020, o Brasil gastou US$ 3,5 mil por aluno, comparado aos US$ 10,9 mil dos países da OCDE.
Para Gontijo, o desafio é aplicar esses recursos de forma eficaz, focando em políticas que ampliem o acesso e melhorem a aprendizagem.
Ainda que o país tenha feito avanços, há espaço para otimizar o uso do orçamento educacional, garantindo resultados mais expressivos para a educação básica.
O Anuário Brasileiro da Educação Básica 2024 está disponível na íntegra na internet.